(DES)COLECIONANDO

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Não sou muito fã de coleções. Tenho dúvidas sobre seus temas (rolhas de garrafas de vinho ou muranos? representação de animais ou cadeiras?  espadas ou taxidermia?).

Tenho medo de se transformar em obsessão, até encontrar a última figurinha do último álbum.

Tenho pânico da acumulação ou de sua forma de exposição! Pra mim mais vale uma pequena reunião de peças com algo em comum, como faço, do que a tal da coleção.

 

duas peças em cerâmica, uma jarra com o corpo preto e a alça laranja e outra um vaso turquesa com a boca alta e fina

 

Mas entendo que sou uma das poucas pessoas a pensar e agir assim – neste ponto, parece que sou um ET ou um ser único na Terra: aquele que não aguenta nem o cheiro da Coca-Cola ou abrir uma barra de chocolate

E mais! Como fazer quando sua vida termina? Pra quem fica depois aquele prazer que era só seu? Nem aqueles que elogiavam sua coleção desejam receber uma só peça do falecido, você. Saiba que só faziam o elogio para agradar o amigo obcecado por trenzinhos…

Agora, um ponto importante. Quem faz a manutenção daquela tralha toda? O colecionador, ele mesmo? Ou alguém contratado? Mas e o cuidado com cada peça?  E o ciúme, e o medo de estragarem o chapéu trazido daquela viagem à Ásia que nunca vai se repetir?

Tenho sugestões:

1. Apreciar as coleções alheias. Aquelas não ocupam (o seu) espaço e nem dão trabalho e/ou despesas

2. Ir às compras sem dinheiro ou cartão. Mas nos antiquários você pode até pedir demonstração, um perigo, evite!

3. Não zapear a internet atrás de achados imperdíveis nos e-commerce;

4. Esquecer leilões presenciais em que se oferece bebida – acaba em compra descabida; e nem beber durante os leilões virtuais.

Por meu lado, também não abandono meus desejos mais recônditos, e faço as coleções à minha maneira (por exemplo, de coisas que ninguém faz, e assim evito comparações irritantes ou até sugestão de trocas) ou em edições limitadas (por ex.: pratos, só de Picasso; pronto, você para no primeiro); ou de copos (que você usa e ainda faz bonito com a visita).

 

um bowl em cerâmia tipo indigna

 

Se a coleção for inevitável na sua vida, faça assim: reúna as peças não por categorias, mas por cores, texturas ou materiais, formatos. E não exagere: sua casa vai parecer loja de decoração ou de qualquer outra coisa, dependendo de sua mania…

um vaso em cerâmica com quatro bocas e bolotas no corpo

 

um bowl antigo em cerâmica e furos no fundo

 

uma cerâmica imitando um toco de arvore

 

uma cerâmica em bola preta com seis botoes

 

Colecione amigos, mesmo que virtuais. Ou amores, para admirar cada um a seu tempo.

Coisas imateriais também valem, como buquês de esperança, fatias de saúde, e paz aos potes, para ser feliz por uma vida. Mas não esqueça que cerâmicas são uma boa opção.

Entre os objetos de casa, cerâmica é a minha paixão. Mas nunca pretenderam ser uma coleção.

Sergio Zobaran

 

 

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