Mulheres na Arte – Académie Julian

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Será que Artemia Gentileschi e Berthe Morisot seriam casos isolados de mulheres que deixaram um legado para a História da Arte?

Mulheres na arte. Artemia Gentileschi - Autoretrato, 1638
Artemia Gentileschi – Autoretrato, 1638
Mulheres na arte - Berthe Morisot - Dia de Verão, 1879
Berthe Morisot – Dia de Verão, 1879

O fato de não haver registros não quer dizer que as artistas mulheres teriam sido menores ou inferiores ou ainda que suas contribuições fossem menos significativas do que a dos homens, porém importa ressaltar que a História foi escrita por homens.

As artistas mulheres tiveram que transpor várias barreiras e a primeira delas foi a questão educacional. No século XIX, estudar em Paris era sinônimo de sucesso e projeção profissional, porém as moças até então, não eram aceitas nas instituições parisienses de ensino das Artes.

Em 1868 surgiu a Académie Julian, que inicialmente preparava somente rapazes para concurso da École des Beaux-Arts, cujas provas eram bem difíceis e o francês deveria ser fluente. Destaca-se que somente em 1897 a École passou a aceitar o público feminino.

Académie Julian retratada na obra de Marie Bashkirtseff O Estudio, 1881
Académie Julian retratada na obra de Marie Bashkirtseff – O Estudio, 1881

A Académie Julian foi importante agente na inclusão das mulheres no universo das Artes, as aulas eram ministradas separadamente (dos rapazes) e as aquelas de modelo vivo, que se constituíam na maior restrição social, foi solucionada pela Académie, em uma ação bastante vanguardista para a época.

Em 1885, a Académie Julian contava com quatrocentas alunas e o único senão era que ali, as moças deveriam estar dispostas a pagar caro por “tantos privilégios”: as mensalidades e as anuidades para mulheres custavam, geralmente, o dobro das masculinas.

Algumas brasileiras tiveram acesso ao pioneirismo da Académie Julian e se tornaram grandes retratistas:

Julieta de França, Estudo de Modelo vivo feito na Académie Julian, 1901
Julieta de França, Estudo de Modelo vivo feito na Académie Julian, 1901
Mulhres na arte. Georgina de Albuquerque, “Dama”, 1906
Georgina de Albuquerque, “Dama”, 1906

Após suas passagens pela Académie, Julieta de França se tornou professora particular no Rio de Janeiro e no Instituto de Surdos e Mudos e Georgina de Albuquerque também se dedicou à educação, integrando inclusive o corpo diretivo da Escola Nacional de Belas Artes nos anos 1920.

Matérias anteriores:

1- Mulheres na Arte – Berthe Morisot 

2 – Mulheres na Arte – Artemia Gentileschi

Autores: Lourdes Luz e Nara Iwata (co-autora)

Arte IN FORMA 

Lourdes Luz / Katia Souza / João Torres

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Tag: Académie Julian

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