No caminho de volta da escola onde fui buscar minha neta, então aos 9 anos, ouvi surpreso:
“Meu avô é estiloso…”. O que ela, assim de repente, quis dizer com isso?
Meio culpado, pensei em um julgamento de valor por parte dela quanto à minha maneira de ser. Mas, como todos dizem que “crianças falam o que lhes vem à cabeça, são espontâneas, sem filtro”, dispensei meu próprio pensamento.
Mesmo assim, fiquei com a pulga atrás da orelha – se não era uma crítica negativa, seria um elogio? Como o assunto entre nós nunca mais veio à tona, resolvi a partir daquela reflexão (melhor pensar assim…) repensar o estilo em si, não o meu próprio, mas aquele que a gente adota conforme vamos que vamos levando a vida.
Se não é só na maneira de ser, também buscamos refletir o que temos, de valores a coisas, e o que queremos parecer, através de nossos próprios gestos, físicos ou imateriais.
Mas e agora, que somos o que os outros percebem?
Veja bem: exibimos nosso cotidiano nas redes sociais, estamos mais abertos e francos, contamos com naturalidade o que fazemos, o que temos – das doenças aos dotes culinários, dos ambientes da casa às nossas famílias, animais de estimação incluídos.
Donde, a própria exposição de quem somos, como vemos o mundo, sentimos e agimos poderá, sim, ser julgada pelos outros de forma tão explícita quanto.
Mas, e no décor?
Além da preocupação com o que expomos ao fundo para sairmos estilosos e cultos nas ‘lives’, e de passarmos uma parte de cada dia ouvindo sobre a ressignificação da casa, da integração (hoje danosa) dos ambientes ao desgaste do sofá, também podemos repensar os nossos próprios estilos de viver.
Mesmo que sua neta, filha ou amiga não chame sua atenção. Mas até para pensar quem somos em nossas casas e nessa vida. E isso fica para o domingo que vem: “Estilo 2, a missão”.
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