Se todo mundo tem uma missão na vida, talvez a minha seja a de comunicar. De uns 10 anos para cá, vivo e trabalho, falo e escrevo sobre arquitetura, design e decoração, especialmente.
E o assunto de hoje, como prometido na última crônica, é continuar a pensar junto sobre estilos.
Como estamos conectados no décor, que tal observar os que estão em voga nos interiores?
São muitas as variáveis que os determinam: a região e seu clima, hábitos e costumes; a/s faixa/s etária/s e sexo/s de quem os habita; os sonhos, desejos e demandas práticas de quem vive ali – e isso vai do binômio conforto&aconchego, o mais comum dos lugares-comuns da decoração, ao arrojo necessário para quem quer ter uma casa-show: na moda, “descolada”, com efeito “wow”, e até mesmo com cara de casa/capa de revista.
Brasileiros em geral, de qualquer forma, preferem o que é contemporâneo, e que invariavelmente chamam de moderno. E todo mundo prefere o novo, ou seja, o atual, o recém-feito ou o que se “está usando”.
Alguém aqui, a esta altura, vai dizer que não é nada disso. Então chegou a hora de falar destes que contestam, e que normalmente são exceções: os estilosos e seus estilos diversos.
De São Paulo pra baixo, o estilo costuma ser mais “requintado”. E, do Rio de Janeiro pra cima, normalmente é mais “despojado”.
Requinte sulista, no caso, e na média, tem a ver com materiais mais nobres e caros, estampas, brilhos, acumulações, excessos. Despojamento, mais ao norte, se traduz em materiais naturais, neutralidade que não marca, espaços arejados, toques importantes de cor.
É comum os “interioristas” dizerem que procuram atender os desejos de seus clientes. Mas é claro que deixam, mesmo sem querer, seu toque pessoal, sua marca, seu estilo.
Que estilo?
Em voga hoje estão: o “pandêmico” (já que seu pós parece longe de acontecer), que valoriza – que jeito? – o que já existe; o “neo-brutalista”, que aproveita e aprimora a base do industrial que envelhece mal em seu desgaste; o “neo-barroco”, que traz de volta muita coisa – especialmente brasileira – que estava nos armários e depósitos. Mas vamos combinar que os tipos “neo” e “pós” (alguém lembra e sabe definir o pós-moderno?) não colam nunca.
Estilo, cada um deve buscar o seu. Informando-se, buscando orientação e seguindo o que mais conta: aquilo que se gosta e se quer, ainda mais agora, quando o importante é ser e ter o melhor para si, e não para exibir.
Mas, por favor, como diria uma amiga: “tudo com muito estilo”…
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