BUGIGANGAS, QUINQUILHARIAS, TRALHAS E OUTROS TRENS

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Não, ninguém é obrigado a se desfazer de quase tudo em casa por causa da pandemia. Tirando o que realmente tem utilidade e valor, até bugigangas, quinquilharias, tralhas e outros trens podem e devem ser mantidos em seus espaços se ainda fizerem sentido na sua vida atual.

Tem quem limpe?

Tem quem goste de usar, admirar ou simplesmente ter?

Tem alguém aí dentro que não consiga viver sem isso ou aquilo tudo?

Nestes casos, as peças de estimação – sentimento hoje compulsoriamente transformado em ‘memória afetiva ‘- ,  sejam elas quais forem, talvez até precisem permanecer, e não há mal algum nisso.

Provavelmente, a ‘energia’ do lugar não venha a fluir de uma nova maneira – o que agora parece um mandato.

E, na verdade, além de uma certa pressão social consensual, quem ou o que exige que isso aconteça?

Os mais jovens e engajados, ou o novo mundo?

Ou mesmo a indústria e o comércio que precisam escoar sua produção recente?

Será que todos resolveram  ficar modernos e minimalistas de uma vez só, e não deixaram de avisar aos outros?

Ou foi ainda a perspectiva de um dinheiro extra e bem-vindo de uma real onda de vendas ou leilões (hoje, sem grandes importâncias, porém são incontáveis) que nos atingiu e impulsionou?

Não é bem assim que a banda toca em nossos corações e mentes.

Primeiro, a reação de quem se viu perdido e ocioso naquele período inicial da pandemia levou à remexida nos baús, uma excelente chance altruísta de se fazerem doações. Mas já passou. Depois vieram a ressignificação da casa, o home office, as ‘lives’.

Desde a forma rústica como tudo isso foi feito no começo, parece que as carências básicas já foram preenchidas e, de uma maneira ou de outra, estas atividades já foram incorporadas e aprimoradas.

Deixaram de ser novidades e viraram ‘mainstream’.

Sugestão: podemos continuar a doar, vender, leiloar, jogar fora o que achamos que não presta mais, pelo menos para nós. Aliás já deveríamos ter feito isso antes…mas o mais importante é nos despirmos de velhos hábitos e pensamentos nocivos, e incorporarmos outros bons e saudáveis, e definitivamente virarmos pessoas melhores – pelo menos é o que se espera.

Afinal, um bibelô a mais ou a menos na sua casa não fará a menor diferença.

 

Sergio Zobaran

 

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tag: bugigangas

 

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