RAINHAS PORTUGUESAS

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Para coroar (por enquanto) nosso olhar sobre as mulheres na arte, escolhemos duas portuguesas interessantes, fora deste universo, para ratificar a importância da atuação feminina, ao longo da história e o seu legado.

No período monárquico de Portugal, duas grandes mulheres pertencentes à nobreza, desempenharam papéis centrais em seus respectivos contextos. A primeira, Leonor de Viseu, colaborou na consolidação de importantes instituições daquele país. Já Catarina de Bragança, ajudou na articulação de alianças diplomáticas e na promoção de influências culturais entre Portugal e Inglaterra.

 

Leonor de Viseu ou Leonor de Lencastre, ou ainda Dona Leonor de Portugal foi uma das figuras mais importantes da nobreza portuguesa no final do século XV. Nascida em 2 de maio de 1458, era filha do infante Fernando, Duque de Viseu, e de Beatriz de Portugal.
Ela é conhecida principalmente por ter sido rainha consorte de Portugal, casada com o rei João II, chamado de o “Príncipe Perfeito”. Leonor de Viseu compartilha esse nome com seu marido, por seu papel como fundadora da Santa Casa da Misericórdia, uma das instituições de caridade mais importantes de Portugal. Seu reinado ocorreu entre 1481 e 1495 , quando sobe ao trono seu irmão D.Manoel I.

Ao nascer, foi designada ao rei João II, por desejo de seu tio Afonso V. Quando Leonor se casou, tinha apenas 12 anos (e seu noivo 15) e foi a última rainha consorte portuguesa.
Depois de D.João II, todos os reis portugueses casaram-se com estrangeiras.

A rainha dedicou-se a mais causas sociais, ajudando seu cunhado, D. Manoel na fundação do Hospital de Todos os Santos, em Lisboa, e contribuiu para a fundação do hospital termal das Caldas da Rainha – cidade situada a 93 km da capital portuguesa. Também determinou que fosse construído o Convento Madre de Deus, em estilo gótico manuelino.

Leonor de Viseu é lembrada como uma figura carismática e influente na história portuguesa, cuja obra beneficente teve um impacto duradouro na sociedade portuguesa.

Leonor de Portugal por Hans Burgkmair, o Velho
Leonor de Portugal casamento por Pinturicchio

Catarina de Bragança foi uma infanta portuguesa que se tornou rainha consorte da
Inglaterra, Escócia e Irlanda, mediante seu casamento com o rei Carlos II. Nascida em 25
de novembro de 1638, Catarina era filha do rei João IV de Portugal e da rainha Luísa de
Gusmão. O seu casamento marcou uma importante aliança entre Portugal e Inglaterra no
século XVII.

Catarina casou-se com Carlos II em 21 de maio de 1662, em Portsmouth, Inglaterra. Esse
casamento foi parte de um tratado entre Portugal e Inglaterra, que incluiu um dote
significativo e a cedência de cidades estratégicas como Tânger e Bombaim aos ingleses.
Catarina de Bragança é creditada por ter popularizado o hábito de beber chá na corte
inglesa, o que, ao longo do tempo, tornou-se uma tradição profundamente enraizada na
cultura britânica.

Ela também trouxe consigo uma parte significativa da cultura portuguesa, incluindo práticas
religiosas católicas que não eram comuns na Inglaterra protestante daquela época.
Destacou-se, ainda, pelos bailes e teatros que organizou.

Catarina enfrentou dificuldades na corte inglesa devido ao seu catolicismo, num período em que a religião era uma questão sensível na Inglaterra. A falta de herdeiros foi outro desafio que ela encarou, o que contribuiu para o enfraquecimento da sua posição. Catarina, inclusive, não pôde ser coroada porque era católica e os ingleses professavam a religião anglicana.

Apesar disso, Catarina manteve-se firme nas suas crenças e foi respeitada por muitos pela sua dignidade e resistência.

Infanta Catarina de Portugal retrato atribuído a Dirk Stoop

 

 

Autores: Lourdes Luz e Virginia Palmerston (co-autora)

Arte IN FORMA 

Lourdes Luz / Katia Souza / João Torres

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Tag: portuguesas

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