Na primeira edição da MostraBlack, realizada em São Paulo, em 2011, questionei a idealizadora e mentora da mostra, Raquel Silveira:
“Você quer chamar um profissional do interior para assinar um ambiente da nossa estreia ficando ao lado de arquitetos tão importantes como Sig (Bergamin) e (Roberto) Migotto?” … Resposta automática: “O Beto é de Taubaté; o Sig, de Mirassol; eu, de Tupã; e você, de Santos. Qual é o seu problema?”.
No papel até então inédito de curador em uma mostra de decoração, levei o puxão de orelha merecido, e entendi que, com Raquel, não existe preconceito. E aprendi, definitivamente, que devemos praticar esse princípio, em qualquer situação, todos os dias da nossa vida.
Preconceito (prefiro assim, e não ‘pré-conceito’): NUNCA!
Conceitos, diretrizes, regras e ordens podem e, muitas vezes, DEVEM ser cumpridos – a menos que você tenha um chefe ou cliente louco que mande você calar a boca ou se dirija de forma mal educada, aos palavrões… ou mesmo que, quando você argumente com bons modos, responda um “e daí?”.
Exemplos de preconceito na nossa área de arquitetura, décor e design: existem marcas que sofrem dele por parte da elite dos profissionais… sejam cadeias de lojas, produtos ou mesmo pessoas.
Considero que não podemos confundir falta de qualidade e consequentes críticas com gosto pessoal. E nenhuma das duas alternativas justifica o eventual desdém, ironia ou preconceito.
O que vale nestes casos é tentar conhecer melhor aquilo que se é contra, para depois fazer o próprio julgamento – ou mais condescendente e corretamente – a crítica, com embasamento autoridade e propriedade.
Neste, como nos demais campos, o que não vale mesmo é a cópia, deplorável! A menos que seja fiel em um único caso, a da vacina do Covid 19.
E, mesmo assim, se fosse autorizada. Mas aí também não seria uma cópia e sim uma réplica ou reedição autorizadas através de um licenciamento oficial, mas como este também é um assunto a ser discutido, fica para uma próxima vez… Tenho dito!
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tag: preconceito
