Quase todos os dias Luciana Castelo Branco sai de sua casa em Londres, onde mora, para passar algumas horas no Studio Pottery London, em Eccleston Place, um lugar alegre onde pessoas de vários lugares do mundo, a maioria mulheres, se encontra para desenvolver suas habilidades. É lá que ela cria cerâmicas que parecem peças saídas do fundo do mar depois de séculos perdidas, de um castelo dos celtas, de um cenário utópico de Game of Thrones.
Ela não sabe de onde tira suas ideias, mas afirma que não copia nada. Vai trabalhando o barro negro e formando peças que hipnotizam.
“Vivenciei muita história, morei em muitos lugares, já fui fotógrafa no Pró-Memória, estudei música, passei um ano de mochila na Europa, fiz o curso do Cordon Bleu, até que depois da pandemia resolvi me arriscar na cerâmica. Frequentei o estúdio de Claudio Castilho, o Casa 10, na Lopes Quintas, onde aprendi várias técnicas. Me sinto abençoada por, no last quarter da minha vida ter encontrado essa bela e gratificante arte. Minha vida mudou”, diz Luciana, que acaba de fazer uma exposição junto com seus companheiros do Studio Pottery.
Seus trabalhos são feitos com argila negra, o que possibilita que a artista explore formas e texturas diferentes, cheias de mistério e magia. Segundo explica, as peças são bastante pesadas e levam duas semanas para secar antes de irem para a queima.
Algumas têm desenhos, outras ranhuras, espinhos, pezinhos delicados e muita personalidade e apesar de já ter percorrido outros estilos, com inclusão de cor e brilho, é neste estilo peculiar que pretende continuar sua trajetória. O que não lhe falta é criatividade e imaginação.
Um defeito? Suas peças não podem vir para o Brasil porque são bem pesadas. Mas quem for a Londres pode conhecer sua obra de perto. Para ir se familiarizando é só clicar em @lucastello_ceramics no Instagram.
Mais um talento brasileiro fazendo sucesso na terra de King Charles.
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