Berardo Museu Art Deco

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Conheci um lugar: o MBAD (Berardo Museu Art Deco), na antiga residência de veraneio do Marquês de Abrantes, em Alcântara, coração de Lisboa.

Fotografia de Josephine Baker
Josephine Baker
Hall de entrada do Berardo Museu Art Deco
Hall de entrada do Berardo Museu Art Deco

Um ambiente de puro glamour, onde uma bela imagem de Josephine Baker (cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937) recepciona quem chega no hall de entrada, e cuja ambientação nos transporta para uma época de prosperidade e liberdade, ao som do jazz.

O Art Deco floresceu na Europa e nos Estados Unidos no período de entre as duas Guerras Mundiais, associando sua imagem a tudo o que se definia como moderno, industrial, cosmopolita e exótico, envolveu artes aplicadas, arquitetura, design,  decoração,  artes gráficas,  caricatura, música,  dança,  cinema e moda, imprimindo a marca da mudança do mundo – um “moderno necessário”.

Entre as diversas fontes de inspiração, quase todas com foco na geometrização da forma, encontramos dos exotismos da África primitiva às heranças dos Ballets Russos de Diaghilev e Léon Bakst, sem contar que, em paralelo, as vanguardas artísticas do início do século: o Fauvismo, o Cubismo, o Futurismo, o Construtivismo, o Neoplasticismo. A tradição casou-se com a modernidade e assim nasceu o Art Deco que foi apresentado ao mundo na Exposição de Artes Decorativas e Industriais Modernas, que aconteceu em Paris, em 1925.

Vidros da coleção do Berardo Museu Art Deco, em Lisboa

Quando há vinte anos, José Berardo decidiu iniciar uma coleção Art Deco, foi um visionário. Embora este estilo não estivesse “na moda”, Berardo, com um olhar criterioso, soube avaliar todos os componentes desse período – móveis, trabalhos em ferro, candeeiros, objetos de vidro, cerâmica e pratas – reunindo, uma coleção representativa desse estilo.

O Art Deco, no que diz respeito a um modelo formal, possui um sistema fechado e código próprio. Porém, sua aspiração em tornar-se universal e obter livre trânsito às propostas a ele contemporâneas, de modo a assimilar o que quisesse e fosse interessante, expressando o espírito da época, permite-nos inseri-lo na modernidade, enquanto proposta.

E visitar o MBAD é encontrar essas diversas linguagens: uma fusão simbólica do futuro com o passado, no presente, e mais ainda a fusão do real com a fantasia e o lúdico.

What a Wonderful Word!!

 

 Referências bibliográficas:

  • Luz, M Lourdes. Art Deco: O Moderno Necessário, dissertação de Mestrado EBA-UFRJ
  • E-book: Art Decó – Coleção Berard: What a Wonderful Word

Autores:

Lourdes Luz e Virginia Palmerston (co-autora)

 

Arte IN FORMA 

Lourdes Luz / Katia Souza / João Torres

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