A arte da marcenaria artesanal do Estúdio Camarotti consiste em criar peças únicas, projetadas para fazer parte da história de quem as escolhe, essa é a sua essência.
Se uma árvore pode durar uma vida, um móvel precisa ultrapassar essa existência. É o que diz o manifesto do Camarotti, criado por Bruno Camarotti e Luciana Landim em 2020. Arquiteto por formação, após anos colhendo frutos deste trabalho, Bruno decidiu recomeçar e plantar uma semente adormecida: a marcenaria artesanal.
Bruno viu uma nova forma de se expressar em 2017, quando, após quase 20 anos de formação em arquitetura e com uma trajetória de sucesso no segmento, mudou sua vida para iniciar um novo momento profissional e extremamente prazeroso. Com foco em aprender o ofício com os melhores profissionais da área, Bruno aplicou o conteúdo absorvido das técnicas artesanais da marcenaria tradicional na criação de seus móveis e objetos que são uma verdadeira ode à madeira: vivos, versáteis e feitos para durar, assim como uma árvore vive na floresta.
Nascido em Fortaleza, Bruno criou raízes em todos os lugares por onde passou, seja em Alta Floresta ou Juazeiro do Norte, desenvolvendo projetos de diversas escalas e contribuindo para a arquitetura das cidades. Foi em São Paulo que Bruno fundou a marca que alia técnicas aprendidas com mestres da madeira, como Morito Ebine, à produção em oficina.
Em sua primeira coleção, as peças foram batizadas com nomes de praias do Ceará. O Banco Jeri, considerado uma de suas principais criações, foi executado totalmente com encaixes, sem pregos ou parafusos, e não tem topo e base pré-definidos, podendo ser usado de ambos os lados. A peça faz um bom resumo do propósito do Camarotti: mostrar que uma árvore não morre, mas renasce em um móvel.
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Celina Mello Franco
