Também conhecida como cuspidor — crachoir em francês, spittoon em inglês — era uma vasilha geralmente de metal, vidro ou porcelana, muitas vezes adornada com detalhes decorativos, e provida de uma tampa afunilada com um pequeno furo central. Pequena, mas funcional, repousava discretamente (ou nem tanto) em cantos de salas de estar, escritórios, cafés, hotéis e repartições públicas.




Fotografia: Reprodução InternetEra um objeto indispensável no cotidiano do século XIX e início do XX, quando o hábito de fumar cachimbo, charuto ou cigarro, assim como o uso de rapé, fazia parte das convenções sociais. Para evitar que cusparadas fossem lançadas ao chão — algo que, mesmo na época, não era bem-visto — a escarradeira cumpria seu papel com silenciosa diligência.

Hoje, pode parecer um costume pouco elegante ou até repulsivo, mas naquele tempo a escarradeira representava um sinal de civilidade e higiene, sendo presença obrigatória em ambientes frequentados por senhoras e cavalheiros.
Com o avanço da medicina, a compreensão sobre doenças transmissíveis e a mudança dos hábitos sociais, o objeto caiu em desuso, sobrevivendo apenas como peça de museu ou curiosidade em coleções de antiguidade.
Lourdes Luz e André Bispo
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