O bourdalou (chamber pot) é um tipo específico de penico feminino, um pequeno recipiente oval com uma aba ou bico e uma asa, portátil e que permitia as mulheres dos séculos XVIII e XIX urinar sob as camadas de saias que cobriam seus corpos, mesmo em locais públicos ou durante longas cerimônias (como missas ou recepções da corte).
Parece que a denominação “bourdalou” seria derivado do jesuíta Louis Bourdale (1632-1704) que fazia sermãos prolongados e as senhoras para não se retirarem da igreja, lançavam mão do artefato, que eram feitos de porcelana fina ou prata, e hoje são peças de coleção.
Obs: todos estes bourdalou pertencem a coleções privadas, inclusive o da capa.
François Boucher (1703–1770) um dos mais célebres pintores e decoradores do estilo rococó francês, retratou a vida na corte francesa no século XVIII. Foi, inclusive, pintor oficial de Luís XV e muito associado à Marquesa de Pompadour, sua patrona e musa.
A técnica refinada de Boucher, marcada por pinceladas suaves, cores claras e composições harmônicas, fez dele um dos grandes mestres do período. Embora tenha sido criticado por alguns contemporâneos por seu estilo considerado superficial ou frívolo, sua influência foi duradoura, marcando profundamente a arte decorativa e o imaginário visual do século XVIII francês.

Retratava, frequentemente, figuras femininas voluptuosas em poses sugestivas. Suas composições combinavam graça, fantasia e uma atmosfera de prazer hedonista, refletindo os gostos da aristocracia da época. Identificamos em algumas obras, o registro de damas em situações íntimas e insólitas em suas toilettes, a utilização do bourdalou.


Autores: Lourdes Luz e Katia Souza
Lourdes Luz / Katia Souza / João Torres
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