Se nas linhas do poema mais famoso de Carlos Drummond de Andrade, a pedra no caminho muda o modo de enxergar a vida de quem a encontra, na Coleção Rastro, criada por Marllon Morais e Rodrigo Queiroz do Estúdio Dentro, a pedra sai do campo lírico para expressar a sua materialidade.
A linha Rastro é composta por duas mesas – lateral e de centro – que foram inspiradas na vivência de Marllon em Itabira, cidade mineradora, terra de Carlos Drummond de Andrade, que também inspirou na criação das peças com seu poema “No Meio do Caminho”.
Marllon e Rodrigo criaram duas mesas que resgatam a pedra bruta Amazonita, mineral encontrado em abundância em Minas Gerais, cujos veios e cores são resultado de uma “contaminação” por outras rochas, como a Granada e a Hematita, entre outros minerais.
Por ser uma pedra natural muito encontrada na natureza, a sua preciosidade ocupa seu lugar simbólico, fazendo um paralelo ao poema de Drummond, onde uma pedra tida como comum transforma a vida do sujeito do poema. Aqui, os designers elevam a pedra Amazonita como protagonista das peças: em formas irregulares, as pedras são colocadas umas sobre as outras por meio de uma barra maciça, que formam os pés. O tampo em vidro incolor tem o formato orgânico, reforçando proposta de organicidade.
“Nosso processo criativo passa por diversas etapas, e algumas delas consideramos como entraves, obstáculos, pedras no caminho. Mas acreditamos que essas etapas são importantes no resultado; sem elas as peças não teriam o significado que acabam carregando“, explica a dupla. “Por isso partimos do lado poético e interpretamos como um otimismo do poema de Drummond, onde enxergamos que uma simples pedra no caminho indica uma grande transformação“, completam.
Linha Rastro – Estúdio Dentro
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Celina Mello Franco