Maison&Objet completa 25 anos
A primeira vez que fui à Maison&Objet em Paris, a maior feira de objetos, móveis e têxteis da Europa, que acontece em janeiro e setembro, era convidada da organização do evento.
Sem saber o que me esperava, mas cheia de atitude, tive o prazer de fazer parte do júri Parcours Fil Vert, o que equivale a destacar, entre tantos expositores, os que explorassem melhor a economia de recursos, o desenvolvimento responsável e o ecodesign.
Descobri marcas super interessantes, como a senegalesa Thotmea, a japonesa Prairie Dog e a malinesa Magbe Camara.
Fora dos pavilhões em Paris Nord Villepinte, perto do aeroporto Charles de Gaulle, o frio era intenso, mas percorrer os stands originais, bem montados, de deixar qualquer um deslumbrado, era de aquecer o coração.
A edição de janeiro de 2020, que vai do dia 17 a 21 de janeiro, comemora 25 anos do evento e tem como tema (Re) Generation, que busca explorar as novas tendências de comportamento de consumo conduzidas pelas gerações Y e Z, decifrando os desejos e expectativas dessa turma jovem e engajada que cresceu em um mundo de crises englobando ambiente, identidade e migração.
Guiados pela empresa internacional de consultoria NellyRodi, a Maison&Objet pretende examinar todos os elementos que provocarão mudanças nos próximos 25 anos. ”Diante de várias crises globais, hoje a geração de 20 e 30 e poucos anos está disposta a se unir para mudar o mundo e, estimulados por pessoas como Greta Thunberg, não hesitam em se engajar ativamente”, explica Vincent Grégoire, caçador de tendências na NellyRodi.”
“Esses novos consumidores são muito bem informados e sonham em viver rodeados pela natureza, adotando materiais veganos, trazendo a natureza para dentro de casa. Liderados por sua ética, eles defendem uma economia justa, responsável e virtuosa. Pequenos produtores regionais ganham espaço nesse novo cenário e há um retorno das mercadorias artesanais sustentadas por sólidos fundamentos sociais e humanos. Além da sustentabilidade, fator que se tornou prioridade, essa geração engajada também pratica a troca de itens e a compra de produtos de segunda mão, transformando o upcycling em um verdadeiro estilo de vida. Para eles, tudo pode ser transformado em algo bonito”, acrescenta Grégoire.
O designer Ramy Fischler, que sempre esteve um passo à frente do seu tempo, criará uma instalação na Maison&Objet para ilustrar essas novas tendências de comportamento do consumidor.
O centro de exposições tem nove pavilhões ordenados por temas onde se dividem as grandes empresas e as iniciantes. Os produtos variam de peças para cozinha a velas e fragrâncias para casa passando por móveis e lustres de marcas famosas.
Um conselho: procure os ônibus que levam os visitantes ( devidamente credenciados) até o destino final e fazem o percurso de retorno sem cobrar nada. Na volta, um cochilo é fundamental para recarregar as baterias.
No site é possível baixar um aplicativo para celular com todas as informações sobre o evento. Voilá!
Suzete Aché
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