Exposição individual do fotógrafo Ari Kaye estreia nesta quarta-feira (16/06), e contará com 30 fotografias agrupadas em dois temas – “Texturas da Natureza Urbana – Mar, Mata e Céu” e “Jardim Gramacho”.
Com 25 anos de carreira, seis exposições individuais no currículo e 11 anos atuando no mercado de decoração, sobretudo retratando os eventos mais concorridos em lojas e mostras do ramo, o fotógrafo Ari Kaye, “queridinho” dos arquitetos cariocas, viu na fine art uma saída para crise e também uma oportunidade para tirar da gaveta um projeto antigo.
“Há anos eu vinha me dedicando a fotografar eventos sociais e com o início da quarentena eles acabaram. De um dia para o outro, o mundo entrou em pause e eu fiquei sem chão. Passei quase dois meses perdido, tentando descobrir como iria reagir a isso. Depois de alguma angústia e muitas incertezas, um projeto que dormia dentro de mim, já há algum tempo, despertou”, conta Ari.
“Paradoxalmente, naquele momento, o Rio nunca esteve tão lindo e meu olhar para as belezas naturais da cidade ficou ainda mais apurado. Evitando contato e respeitando as regras impostas na época, passei a acordar de madrugada e, já bem cedinho, começava a fotografar, retratando mais as texturas e nuances de cores do mar, da mata e do céu e menos os cartões postais. Aquilo foi crescendo dentro de mim, o resultado ficou incrível e, para a minha felicidade, esse novo braço do meu trabalho foi muito bem recebido por todos, culminando com o surgimento de novas parcerias. Só tenho que agradecer”, acrescenta ele.
Desde então, mais de 30 escritórios de arquitetura carioca já compraram suas fotografias para expor nas mais belas casas, apartamentos e coberturas espalhadas pela cidade e seus arredores, como Maurício Nóbrega, Paola Ribeiro, Erick Figueira de Mello, Jairo de Sender, Duda Porto, InTown, Victor Niskier, Adriana Esteves, Virna Carvalho, Claudia Brassaroto, só para citar alguns.
No outro extremo, contrapondo às belezas naturais do Rio, Ari Kaye retratou recentemente o cotidiano das comunidades que vivem em Jardim Gramacho e o resultado dessa experiência também fará parte de sua exposição.
“Sempre tive o sonho de conhecer Gramacho e surgiu uma oportunidade de fazer um trabalho para a ONG @CorrentePeloBem, que realiza ações sociais para diminuir a miséria e a desigualdade social nas comunidades carentes do RJ, inclusive as que vivem em torno do Lixão de Gramacho. Depois que ele foi desativado, muitas pessoas que viviam do lixo não tem mais de onde tirar a sua subsistência e nem para onde ir, vivendo abaixo da linha de pobreza. Essa triste realidade choca, me fez chorar e fica a apenas 20 minutos de carro da Zona Sul do Rio. Acho que todos deveriam ter essa experiência que eu tive, pois ela é transformadora”, conta Ari, que vai expor cinco fotos do cotidiano de seus moradores, retratados com humanidade, longe dos clichês da miséria.
Um dos trabalhos será, inclusive, leiloado no dia da inauguração da exposição e o valor arrecadado será doado para o projeto Mulheres de Luz (@MulheresDLuz), vinculado à essa Ong, que busca diminuir a gravidez indesejada na adolescência, oferecendo acesso à educação sexual, apoio ginecológico e implantação de DIU.
A estreia será nesta quarta-feira (16/06), das 13h às 20h, na loja Fast Frame, que destinou 55m2 de seu novo showroom, no CasaShopping, para abrigar, em caráter permanente, exposições fotográficas do fotógrafo Ari Kaye, com temas que serão renovados a cada dois ou três meses.
São imagens individuais (com até 1 x 1,5m), dípticos e polípticos impressos com tinta mineral de 12 cores sobre papel alemão de algodão e canvas 100% algodão. Já os enquadramentos vão desde as molduras tradicionais a modelos tipo caixa ou flutuantes, sendo algumas montagens com fechamento em vidro anti-reflexo importado.
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Celina Mello Franco