Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido

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Em Recife, o novo lar da arquiteta Ana Moura (sócia do escritório Ana Moura Ana Higino Arquitetura) e o marido empresário Ricardo Moura Júnior

O casal que moraca em um apartamento maior, de 340m2, na mesma avenida litorânea, em Recife, com a decisão das três filhas “Maria” de sair de casa (atualmente, uma mora nos Estados Unidos e duas moram em São Paulo), resolveram se mudar para um apartamento um pouco menor, de 216m2, mas com espaço suficiente para receber confortavelmente as “meninas” de 21, 24 e 25 anos, parentes e amigos, especialmente nos meses de férias, quando a casa costuma ficar cheia. “Visitamos pelo menos 15 apartamentos até que, em outubro de 2020, encontramos este imóvel dos anos 80, que estava fechado há 20 anos e tem vista lateral para o mar”, conta a arquiteta.

Originalmente, a sala era bem escura e ainda tinha o piso acarpetado. Outro incômodo era a ausência de lavabo e closet na suíte máster. Por outro lado, a arquiteta descobriu que havia sido aprovada na prefeitura a abertura de uma janela na sala para aumentar a entrada de luz natural, mas nunca chegou a ser executada, ideia que ela própria colocou em prática.

Em Recife, o novo lar da arquiteta Ana Moura (sócia do escritório Ana Moura Ana Higino Arquitetura) e o marido empresário Ricardo Moura Júnior
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Em Recife, o novo lar da arquiteta Ana Moura (sócia do escritório Ana Moura Ana Higino Arquitetura) e o marido empresário Ricardo Moura Júnior. Lavabo com paredes e tetos revestidos em madeira
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio

Com a reforma, a varanda (onde hoje fica a sala de jantar) e a cozinha foram integradas à área social, a despensa foi transformada em lavabo, uma parte da área de serviço virou o closet da suíte do casal e ainda foram criadas duas suítes canadenses para receber as filhas. Além disso, as redes elétrica e hidráulica foram refeitas e todas as esquadrias foram trocadas, assim como os revestimentos de piso e parede e os forros em gesso.

Em Recife, o novo lar da arquiteta Ana Moura (sócia do escritório Ana Moura Ana Higino Arquitetura) e o marido empresário Ricardo Moura Júnior. Porta da entrada pintada em lacca vermelha
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Neon escrito arte
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio

Como a família morou quase sete anos no Rio de Janeiro (Ricardo chegou a morar 13 anos), o casal acabou se apaixonando pelo estilo de decoração carioca, marcado por base neutra e marcenarias claras, com toques de cor nas obras de arte e em algumas peças de mobiliário.

“Foi no Rio, inclusive, que iniciamos o nosso acervo, garimpando e pesquisando novos artistas e trazendo objetos de viagens, que traduzem a família que somos. Cada peça tem uma história ou uma lembrança afetiva. Nossa casa tem um pouco de cada lugar por onde passamos. Tenho três vasos azuis em cristal de Murano, por exemplo, que compramos separadamente em três viagens que fizemos à Veneza”, diz Ana Moura.

poltrona Up (de Gaetano Pesce, também conhecida como Mama ou Donna) .
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido. Decoração predominentemente branca, inclusive cadeiras e mesa de jantar nessa cor.
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido. Poltrona Jangada de Jean Jillon
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido com a decoração predominentemente branca.
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio

Na decoração, a mesa de jantar, as cadeiras e o carrinho da sala de jantar (antiga varanda, agora integrada à sala) são novos e assinados pelo do designer Jader Almeida. Já o sofá da italiana Minotti, a poltrona Jangada (de Jean Jillon), a poltrona Mole e as cadeiras Oscar (de Sergio Rodrigues) e a poltrona Up (de Gaetano Pesce, também conhecida como Mama ou Donna) vieram do apartamento antigo.

Na sala, um dos desafios foi posicionar a poltrona Up vermelha, que já tínhamos, em um local de destaque, sem atrapalhar a circulação, pois a peça é bem volumosa”, lembra a arquiteta. “Em nossa estante, temos livros dos nossos avós, da nossa infância e da infância das meninas até a vida adulta”, diz ela. “Geralmente, cada obra de arte que adquirimos representa uma conquista, uma celebração. Não importa se é uma tela ou uma escultura em barro comprada de um artista pernambucano. Aqui, tudo ou quase tudo tem significado”acrescenta.

Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
Em Recife, o novo lar de uma arquiteta e seu marido que tem a cozinha aberta para a sala quando grandes paineis em madeira ficam abertos.
Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio

Como a casa está sempre mudando em função do colecionismo dos moradores, Ana Moura adotou uma base clara e neutra para realçar e valorizar as obras de arte – com destaque para as criações dos artistas Cruz Diez, Miró, Beatriz Milhazes e Adriana Varejão – e assim evitar que os espaços se tornassem visualmente poluídos ou pesados. Por isso, a opção pelo piso em placas cimentícias quase brancas (tamanho 1x1m), paredes brancas e marcenarias em laca fosca branca na sala, deixando em tom vibrante apenas a porta de entrada, que ganhou acabamento em laca vermelha.

Já a madeira natural aparece em alguns móveis antigos e modernos (brasileiros), esculturas, paredes do lavabo e piso dos quartos. “Também apliquei técnicas do Feng Shui no projeto para estimular as boas energias. Não é à toa que as pessoas comentam que adoram estar em nossa casa e se sentem acolhidas”, informa Ana.

A arquiteta Ana Moura na sala de seu apartamento, ao lado da poltrona Up.
A arquiteta Ana Moura na sala de seu apartamento / Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio
O empresário Ricardo Moura Júnior / Fotografia: Denilson Machado do MCA Estudio

Nosso maior desafio no projeto foi harmonizar nossas obras de arte e os móveis que trouxemos do apartamento antigo, tanto pelo tamanho das peças como pela importância do design. Sem dúvida, a base neutra e clara da decoração ajudou bastante a encontrar um equilíbrio visual, resultando em espaços leves e fluidos, como se tudo tivesse sido adquirido especialmente para nosso novo lar”, finaliza a arquiteta Ana Moura, do escritório Ana Moura Ana Higino Arquitetura

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Celina Mello Franco

Tag: novo lar

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