Esta casa de campo com ares contemporâneos foi projetada pelo escritório Ao Cubo Arquitetura no topo de uma montanha em Araras (na região serrana do Rio e fica dentro de um condomínio), com 370m2 de área construída venceu, com suavidade, a inclinação de cerca de 30° do terreno.
O lote de 26 mil m² já estava definido e comprado quando os arquitetos Pedro de Hollanda, Lessa Carvalho, Edna Maeda e Paula Paiva tiveram o primeiro encontro com o proprietário, um engenheiro solteiro e sem filhos. Porém, tanto a implantação da nova construção como o visual que ela assumiria permaneciam incertos.
Depois de várias reuniões, eles conseguiram traduzir em cimento, ferro e madeira os desejos e as expectativas do cliente. “No início, o cliente tinha pensado em algo com estilo mais para o colonial, mas logo o convencemos a adotar uma linguagem contemporânea”, conta Pedro.
Depois de quatro meses de estudos, o escritório concluiu que o melhor formato seria dividir a planta em duas áreas, alterando o mínimo possível a topografia do lugar: uma parte englobando a área social e a suíte master e outra com sala de TV e quartos de hóspedes.
Toda a ala de serviços e o lazer, incluindo a piscina em raia e a sauna, ficaram embaixo, em meio a pilotis de aço, que, além de sustentarem a edificação, ajudaram a manter este pavimento aberto. “A construção venceu, com suavidade, a inclinação de cerca de 30° do terreno”, avalia Paula.
Na decoração dos interiores, como o cliente costumava garimpar móveis dos anos 50 e 60, o escritório projetou espaços contemporâneos já pensando na integração dessas peças.
Mais imagens com os destaques do projeto:
- A varanda da sala montada com uma estrutura metálica que se projeta em balanço sobra a piscina em raia.
- O grande vão de 3 x 10m entre a sala e a varanda, fechado por meio de seis portas de correr de vidro e alumínio, seguidas de painéis com chapas de aço perfuradas para maior segurança.
- O painel articulado de marcenaria, tipo porta camarão, que permite isolar a área do piano de calda do living, quando necessário.
- O cimento bruto aplicado sobre a alvenaria na fachada, moldado com tábuas de pinus de diferentes larguras que deixaram suas marcas de nós e ranhuras sobre a superfície.
- A porta de correr de tubos de aço carbono e vidro que separa a cozinha da sala.
- O piso em tábuas de madeira de demolição presente nas áreas social e íntima, deixando os ambientes internos ainda mais acolhedores.
- As paredes de cimento queimado e o teto em lambri de madeira na suíte principal, com janelas de alumínio preto repetem a fórmula da sala, aqui emolduradas por tábuas que servem internamente de banco.
- O teto verde (Ecotelhado) sobre a laje do pavilhão de hóspedes, que diminuiu a incidência de calor.
- O pátio-mirante que une os dois blocos, com banco curvo ao redor de um vão central redondo por onde passa uma árvore plantada no pavimento inferior.
- O paisagismo finalizado com espécies nativas, dialogando com a Mata Atlântica que já cercava a casa.
Projeto: Ao Cubo Arquitetura
Produção Visual: Simone Raitzik + Ao Cubo Arquitetura
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Celina Mello Franco