Decoração Infantil – A Galerista Livia Doblas ensina como escolher telas, gravuras e esculturas para deixar os quartos infantis mais charmosos e atemporais, para aproximar a criançada ao universo da arte.
Quando o assunto é decorar o quarto das crianças as primeiras referências que nos vêm são objetos delicados e ‘fofos’, mas os pequenos crescem, e os quartos deles também precisam acompanhá-los.
A educação visual pode começar desde cedo, e a decoração do ambiente no qual ela passa a maior parte do tempo exerce uma influência maior do que se imagina.
É por isso que, investir em obras de arte nos espaços infantis desde a primeira idade é um incentivo e tanto para o desenvolvimento do olhar da criança para o universo artístico.
E o melhor: são para a vida toda e servem para todas as idades.
De acordo com a galerista e marchand Livia Doblas, que trabalha com diversas seleções de obras para esses tipos de espaço, além de promoverem um contato produtivo da criançada com o mundo cultural, também prendem a atenção delas, ao mesmo tempo em que distraem e acalmam.
Segundo a profissional, a procura por arte para ambientes infantis ainda é pequena, mas muito porque as pessoas desconhecem as possibilidades de temáticas e artistas que dialogam com esses espaços.
“Geralmente são colecionadores ou pessoas ligadas à educação que fazem questão de inserir obras no quarto de crianças. Mas esse nicho certamente seria maior se as pessoas soubessem quantas possibilidades há quando tocamos neste assunto. E, além de agregar às crianças, servem como forma de investimento, já que há um mercado de arte em que vários artistas e suas obras ficam com mais valor financeiro. Ou seja, além de serem atemporais e colecionáveis independente da idade, servem como investimento”, pontua.
Para provar que nem só de pelúcia e boneca de pano vive a decoração de um quarto infantil, e que o lúdico pode, muitas vezes, morar em uma arte consagrada, a galerista separou algumas dicas para direcionar os pais que querem investir em telas, quadros ou esculturas.
Confira!
1) Invista em cores e humor :
O colorido e o humor nas obras prendem a atenção, distraem e acalmam a criança.
A obra de arte na primeira infância pode ser tão marcante quanto um brinquedo preferido, já que os pequenos criam um vínculo afetivo.
As crianças muito pequenas, principalmente, vêm a obra em busca de signos, paradigmas e da novidade.
Quando está um pouco maior, ela já começa a ter um olhar educado e com referências do que é arte.
Muitos têm apego a ideia de que tudo deva ter tonalidades pastel, como as cores rosa, azul e bege bem claros, um conceito ultrapassado.
Geralmente as telas e gravuras têm um humor mais refinado, como as do artista Gustavo Rosa, por exemplo, que utiliza animais e objetos considerados infantis de forma criativa, com várias cores fortes em sua maioria, e que trazem muita vida e humor.
2) Posicione a obra em um local que permita a interação da criança:
Para bebês ou os bem pequenos, o ideal é que eles consigam ver as obras de arte ou parte delas do berço ou da cama, para terem o campo visual preenchido com algo que as distraia e signifique uma presença acolhedora.
Cores ou tamanho dependem do estilo adotado para a decoração, já que a escolha dos artistas acaba sendo mais o gosto dos pais quando a criança é muito pequena.
3) Invista também em esculturas:
Diferente dos quadros, as esculturas podem ser manipuladas, estimular mais o sentido do tato e o fato de ter tridimensionalidade desperta mais curiosidade na criança.
Elas se aproximam mais de um “boneco” para criança.
Evidentemente que, de acordo com a idade, ela não poderá ter pontas que machuquem ou peças soltas que a criança possa engolir.
Na arte contemporânea encontramos os mais diversos materiais para esculturas.
Algumas, como as da artista plástica Sandra Barreiro, remetem até mesmo à brincadeiras ‘de antigamente’, como amarelinha, telefone sem fio e ciranda.
4) Escolha bem a temática: a função da arte nesse contexto é emocionar e alegrar.
Quando escolhemos obras de arte não podemos nos prender a cores ou molduras, o tema tem que tocar e emocionar.
Nessa hora entra o trabalho de uma consultoria de arte por profissionais como Livia Doblas.
No meio de tantas temáticas, como a de pássaros, cachorros, gatos, lambretas, Kombis, fuscas e outros, escolher algo muito ‘sisudo’ e amedrontador pode causar apreensão na criança.
Artistas como Aldemir Martins, por exemplo, trazem figuras como ‘família’, gatos, futebol, e várias outras que são de fácil associação e identificação para a criançada.
Outros, remetem a carros da ‘época do vovô’.
5) Aproxime as crianças do ‘fazer’ arte:
Não há crianças que não se interesse por uma folha em branco e uma caixa de giz ou lápis de cor.
Se houver espaço é interesse ter perto das obras o ‘cantinho da arte’ onde a criança possa se inspirar, desenhar, pintar e quem sabe copiar as telas ou gravuras.
Todo artista começa seu ofício tentando fazer cópias de outros artistas.
E quando aparecer aquele primeiro rabisco ou desenho da criança que tal emoldurar para compor com as obras dos grandes artistas?
Não há maior incentivo a arte do que o desenho da criança exposto ao lado dos grandes artistas.
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Celina Mello Franco
TAG: Decoração Infantil
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