Subindo a serra.
Já que na semana passada dei muitas dicas de lojas descoladas “around the world”, clica aqui para ler, hoje estou mostrando um showroom bem pertinho de quem mora no Rio.
Aliás, excelente dica para dezenas de cariocas que subiram a serra para passar a quarentena.
Vale sua atenção.
Sonia Infante, dona do coloridíssimo Arteiro, é uma itaipavense de raiz (pensei que tinha inventado, mas a palavra existe mesmo), já que mora no sítio que o pai construiu há mais de 80 anos, na serra.
“Eu queria paz e fui morar em Itaipava. Queria mexer na terra, então comecei a fazer paisagismo. No começo sozinha, mas agora minha filha Daniela, engenheira agrônoma com diversas especializações, é minha sócia na chácara”, conta ela. “ Tenho três estufas com várias espécies de plantas”.
Responsável pelo paisagismo de quase todos os comércios das redondezas, Sonia revela que o jardim do antigo mercado ABC, hoje Extra, ainda continua o mesmo passados muitos anos. Ela também é a queridinha dos VIPs da região- e do Rio, Minas, São Paulo e Bahia.
Querida também por todos os profissionais da área do décor, ela tem um bom humor contagiante e uma disposição de menina. Abriu a Arteiro em 74 e aos poucos foi agregando objetos de artesanato.
Uma viagem a Tiradentes onde foi fazer um jardim, acendeu uma luz no seu roteiro: resolveu ficar um tempo por lá e abriu uma loja.
“A Oficina de Agosto só vendia para mim e descobri vários profissionais incríveis. Meu pintor e meu carpinteiro são de lá”.
Aos poucos foi descobrindo lugares desconhecidos para fazer suas compras e muitos objetos são totalmente modificados.
“Transformo as peças, pinto, faço craquelê, invento lustres, pinto o sete. Já comprei e vendi muito em feiras no exterior, mas agora compro nas feiras do Brasil. E procuro fornecedores pequenos para ter mercadoria diferenciada”.
Como se não bastasse ter esse showroom de dois andares, ela agora prepara um terceiro piso para povoar com peças divertidas que podem ser de diversos materiais.
“Tive sorte porque fiz minhas encomendas antes da pandemia e as peças já estão chegando.”
Mas ela não para. Há cerca de dez anos começou a fazer casas de madeira de demolição, a custo baixo e com prazo de entrega muito rápido.
Suas casas podem ser pequenas, de 92 m² a grandes residências, de estilo rústico, mas bem atuais, cheias de detalhes inusitados. Ela já contabiliza cerca de 20 propriedades construídas, cinco só na serra fluminense, incluindo esta localizada no condomínio Membeca, em Secretário, Petrópolis.
A casa, de 400 m², ficou pronta em seis meses construída com madeira de casas de colonos europeus de 70, 80 anos atrás, que foram demolidas. e vieram de um fornecedor do Sul.
“São madeiras que vêm com a cor original, descascadas e com ar antigo, e muitas vezes projetamos assim como estão”, conta.
“ Nesta casa o quarto tem lareira de pedra e um lustre bem romântico. E a cozinha, janelões com vista para um grande gramado. O teto da casa é em talhiça, feito da palmeira piaçava, que os funcionários trançam no próprio local. Raspamos as tábuas e, como a casa é em tons mais escuros, a decoração foi pensada para ser bem colorida e alegre”.
A casa já vem com instalação elétrica, hidráulica e de esgoto.
Ela é ou não é arteira?
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