Sala de leitura da editora Olhares na Modernos Eternos

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Conexão Décor inaugura hoje uma parceria com a editora Olhares.

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A editora Olhares  se especializou na publicação de livros ilustrados de arte e história, arquitetura e design. Pode ser mais a nossa cara!?

Para dar o inicio a essa parceria, publicamos a Sala de Leitura da editora Olhares na mostra de decoração 100% virtual, Modernos e Eternos, da qual somos parceiras de mídia.

Em seu projeto para a Sala de Espelhos, sala de leitura da Editora Olhares na Modernos Eternos SP, Pitá Arquitetura inverte ponto de vista com piso espelhado e móveis dispostos no teto, buscando refletir (literalmente) sobre as proporções da Casa Modernista.

Ao entrar pela porta principal na histórica Casa Modernista da Rua Bahia – uma das pioneiras da arquitetura moderna no Brasil, projetada por Gregori Warchavchik em 1930 –, o visitante alcança um pequeno hall.

Dali, pode subir ao segundo andar ou se dirigir a outras áreas laterais da casa. O que se destaca à sua frente, porém, é a ampla sala de estar da residência. É onde está instalada, virtualmente, a Sala de Leitura da Editora Olhares, assinada pela Pitá Arquitetura para a mostra Modernos Eternos SP, aberta ontem.

 

Na sala, as esferas espelhadas do Barragan e o fogo da lareira, nos permitem compreender que a nova estrutura está esculpida no teto.

A quarentena levou a mostra a um formato 100% digital. A casa, que já estava nos planos, passou a ser ocupada por vistas em animação 3D. “As real as possible”, como tem dito o anfitrião, Sergio Zobaran.

Para a Pitá Arquitetura, entretanto, a experiência virtual sugeriu um projeto com certa dose de subversão da realidade palpável.

Desde a primeira vista, o visitante virtual da Sala de Espelhos precisará desvendar o que está a sua frente. O piso metálico espelhado apresenta inicialmente um ambiente com poucas intervenções.

Aos poucos, o mobiliário instalado no teto se desvenda. Sua visão invertida causa certa vertigem no espectador. Com esse estranhamento, os arquitetos do Pitá procuram provocar uma nova percepção para os volumes e proporções da casa.

O conceito e a descrição do espaço, bem como os paralelos com o projeto original seguem com o texto de apresentação dos próprios:

Desde o modernismo, a tecnologia mudou a relação da arquitetura com o mundo. Novas experiências na maneira de construir e usar o espaço só foram possíveis pela transformação acelerada e pela industrialização. O movimento moderno faz uso das proporções e as transformam em ferramenta básica para a criação dos espaços, sendo geometricamente perfeitos, simétricos ou abstratos, provando que funcionam de todos os pontos de vista, até mesmo invertidos ou de ponta-cabeça.

Uma das lições que aprendemos com essa arquitetura foi a observação do comportamento do usuário, da proporção do corpo humano, do relacionamento com os espaços privados, mas principalmente com os espaços públicos. Para nós, esta observação guia e esculpe um novo modelo de ambiente, novas formas de uso dos espaços e da arquitetura.

Hoje usamos as nossas tecnologias de criação e fabricação digital para projetar um novo espaço totalmente virtual. O piso metálico espelhado, que nos ajuda a surpreender os visitantes e causar curiosidade desde a chegada pela escada da casa, faz menção à “máquina”, elemento de exploração dos célebres arquitetos deste período. Na sala, as esferas espelhadas do Barragan e o fogo da lareira, nos permitem compreender que a nova estrutura está esculpida no teto.

Visão do teto na proposta da Pitá Arquitetura

Pensando em uma cidade tão grande, multicultural e diversa quanto São Paulo, a leitura não é mais uma ação estática. Os espaços de leitura podem acontecer nos lugares mais improváveis como o transporte público, os cafés repletos de ruídos, os parques e praças mais silenciosas, na cama durante as últimas horas do dia, nas escolas, nas mesas de jantar ou em poltronas extremamente confortáveis.

Todos estes ambientes diversos, repletos de texturas e cores, são aplicados de maneira inusitada em conjunto com peças de arte e design de Gregori Warchavchik, Charles e Ray Eames, Jorge Zalszupin, Lasar Segall, Gustavo Amaral, Gustavo Bittencourt, Zanini de Zanine, Paulo Alves, Claudia Moreira Salles e contam a experiência rica e imersiva da leitura.

A vista da sala em 1930, antes de todas as construções, era um panorama dos morros limpos do Pacaembu. Hoje queremos criar um elemento introspectivo, um palco virtual de jazz suspenso para o jardim, unindo arquitetura, música, leitura e arte, modificando assim seu horizonte“, finaliza os arquitetos.

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Gregori Warchavchik: Design e vanguarda no Brasil

 

Móvel Moderno Brasileiro

 

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Celina Mello Franco

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