O Poder dos Espaços: Neuroarquitetura em Prática

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Por Maria Claudia Faro

Você já se perguntou por que alguns ambientes o fazem sentir-se em paz, enquanto outros parecem drenar sua energia, fazendo com que queira sair o mais rápido possível? A resposta pode estar menos nos elementos visuais e mais na ciência que estuda a interação entre o ambiente construído e o cérebro humano: a neuroarquitetura.

Pura Comunicação

Entendendo a Neuroarquitetura

Uma Ciência que Explora os Sentidos e as Relações Humanas

Antes de nos aprofundarmos em um caso prático, vamos explorar o que é a neuroarquitetura. Esta fascinante disciplina situa-se na interseção entre a neurociência e a arquitetura, adotando uma abordagem multissensorial para entender como o espaço ao nosso redor pode afetar nosso comportamento, emoções e saúde mental. A ideia central é que, ao compreender essas relações, podemos projetar espaços que atendam às nossas necessidades físicas e também promovam nosso bem-estar psicológico.

Isso significa que a neuroarquitetura considera como os espaços podem influenciar todos os nossos sentidos – visão, audição, tato, olfato e até paladar – para criar ambientes que promovam saúde e bem-estar.

Através de estudos e experimentos detalhados, cientistas e arquitetos têm revelado como diferentes elementos do ambiente, como a luz natural, cores, texturas e sons, podem influenciar nosso estado psicológico e fisiológico. Essas conclusões são embasadas em evidências coletadas por meio de ferramentas de neuroimagem e fisiológicas que demonstram, por exemplo, como o cérebro reage a diferentes estímulos ambientais.

A neuroarquitetura busca explicar não apenas como os ambientes influenciam cada indivíduo, mas também como eles podem promover interações sociais saudáveis e enriquecedoras. Estudos indicam que espaços bem projetados, que fomentam interações sociais, podem melhorar o humor, o bem-estar e modificar o comportamento humano. Da mesma forma, a inclusão de elementos naturais em espaços de convívio é associada ao aumento da coesão social, facilitando a comunicação e fortalecendo laços comunitários.

Uma Ciência que Explora os Sentidos e as Relações HumanasAntes de nos aprofundarmos em um caso prático, vamos explorar o que é a neuroarquitetura. Esta fascinante disciplina situa-se na interseção entre a neurociência e a arquitetura, adotando uma abordagem multissensorial para entender como o espaço ao nosso redor pode afetar nosso comportamento, emoções e saúde mental. A ideia central é que, ao compreender essas relações, podemos projetar espaços que atendam às nossas necessidades físicas e também promovam nosso bem-estar psicológico.
Fotografia: André Nazareth
neuroarquitetura. Cada elemento deste projeto foi pensado não apenas em termos de funcionalidade ou estética, mas como parte de uma estratégia abrangente para influenciar positivamente a saúde mental e física dos moradores. Sala de estar clara, com varias plantas na janela.
Fotografia: André Nazareth
Uma Ciência que Explora os Sentidos e as Relações HumanasAntes de nos aprofundarmos em um caso prático, vamos explorar o que é a neuroarquitetura. Esta fascinante disciplina situa-se na interseção entre a neurociência e a arquitetura, adotando uma abordagem multissensorial para entender como o espaço ao nosso redor pode afetar nosso comportamento, emoções e saúde mental. A ideia central é que, ao compreender essas relações, podemos projetar espaços que atendam às nossas necessidades físicas e também promovam nosso bem-estar psicológico.
Fotografia: André Nazareth

Transformação com Propósito

A Ciência por Trás do Design

Cada elemento deste projeto foi pensado não apenas em termos de funcionalidade ou estética, mas como parte de uma estratégia abrangente para influenciar positivamente a saúde mental e física dos moradores. Espaços amplos, a abundância de luz natural e a conexão com a natureza são mais do que características de design; são ferramentas poderosas que a neuroarquitetura nos capacita a usar para criar ambientes onde possamos não apenas viver, mas também prosperar.

  • Espaço e Privacidade: Espaços maiores e bem definidos aumentam a sensação de controle e privacidade, essenciais para o bem-estar psicológico.
  • Luz Natural: A exposição à luz natural é vital para melhorar o sono, o humor e a produtividade, contribuindo para o combate ao estresse e à depressão.
  • Conexão com a Natureza: O contato visual e físico com elementos naturais diminui a pressão sanguínea, o estresse e promove o relaxamento.
Fotografia: André Nazareth
Fotografia: André Nazareth
Uma Ciência que Explora os Sentidos e as Relações HumanasAntes de nos aprofundarmos em um caso prático, vamos explorar o que é a neuroarquitetura. Esta fascinante disciplina situa-se na interseção entre a neurociência e a arquitetura, adotando uma abordagem multissensorial para entender como o espaço ao nosso redor pode afetar nosso comportamento, emoções e saúde mental. A ideia central é que, ao compreender essas relações, podemos projetar espaços que atendam às nossas necessidades físicas e também promovam nosso bem-estar psicológico.
Fotografia: André Nazareth
Fotografia: André Nazareth
cozinha e a sala integradas ao pátio, foram projetadas para serem pontos de convívio, onde moradores e visitantes podem reunir-se confortavelmente, promovendo um senso de comunidade. Cozinha clara, com luz natural. Torre de equipamentos em um nicho de madeira
Fotografia: André Nazareth

Espaços que unem

Ao remodelar o apartamento, priorizamos criar espaços que incentivassem o encontro e a interação entre as pessoas. As suítes espaçosas garantem privacidade, enquanto áreas comuns, como a cozinha e a sala integradas ao pátio, foram projetadas para serem pontos de convívio, onde moradores e visitantes podem reunir-se confortavelmente, promovendo um senso de comunidade.

Quarto com meia parede em madeira, funcionando como cabeceira
Fotografia: André Nazareth
Uma Ciência que Explora os Sentidos e as Relações Humanas. Antes de nos aprofundarmos em um caso prático, vamos explorar o que é a neuroarquitetura. Esta fascinante disciplina situa-se na interseção entre a neurociência e a arquitetura, adotando uma abordagem multissensorial para entender como o espaço ao nosso redor pode afetar nosso comportamento, emoções e saúde mental. A ideia central é que, ao compreender essas relações, podemos projetar espaços que atendam às nossas necessidades físicas e também promovam nosso bem-estar psicológico. Parede de tijolinho do quarto, na área do home office.
Fotografia: André Nazareth

Espaço Ampliado, Bem-Estar Ampliado

Optamos por converter o apartamento de três quartos em duas suítes espaçosas, fundamentados na compreensão de que o espaço físico e a privacidade são cruciais para o relaxamento e a redução do estresse. Mais espaço permite mais liberdade de movimento, mais opções para personalização e, consequentemente, uma maior sensação de domínio sobre o próprio espaço, um fator crítico para o bem-estar psicológico.

Cozinha incorporada ao pátio, promove luz natural. Patio com muro pintado de verde, mobiliário para area externa, com sofá na cor cru.
Fotografia: André Nazareth
Chuveiro em um pátio localizado no meio do apartamento, promove integração e luz natural.
Fotografia: André Nazareth
Ao lado da cozinha, um pequeno espaço aberto, sem teto, com muras pintados de verde e quadros com plantas penduradas.
Fotografia: André Nazareth
cozinha e a sala de jantar quase integradas ao pátio, foram projetadas para serem pontos de convívio, onde moradores e visitantes podem reunir-se confortavelmente, promovendo um senso de comunidade.
Fotografia: André Nazareth
Apartamento bem claro, com um pátio interno, entre a sala de jantar e a cozinha.
Fotografia: André Nazareth

Um Oásis no Coração da Cidade

O pátio interno, antes um espaço subutilizado, foi transformado em um refúgio ao ar livre. A cozinha e a sala, que antes recebiam pouca luz natural, foram reinventadas, e a reintegração do pátio isolado com o resto do apartamento criou uma continuidade visual e física com o exterior. Integrando esses espaços ao pátio, não só trouxemos luz natural para dentro do apartamento, mas também fomentamos um senso de expansão e liberdade. A luz natural regula nosso relógio biológico e promove um estado de espírito positivo.

Ao incorporar áreas de estar, vegetação e elementos naturais, como tijolos aparentes e pisos que simulam madeira, criamos um espaço que não apenas amplia a área útil do apartamento, mas também oferece um santuário de calma e beleza natural. A neuroarquitetura valoriza a conexão com a natureza, reconhecendo seu papel essencial na redução do estresse e na promoção do bem-estar.

Conclusão

Este projeto de transformação do apartamento ilustra como a neuroarquitetura pode ser aplicada para criar espaços que transcendem o belo ou o funcional. Tais espaços tocam nossas vidas de maneira profunda, melhorando nosso bem-estar e saúde mental. Ao projetar com uma compreensão de como os ambientes nos influenciam, podemos criar espaços que desejamos habitar e que enriquecem nossas vidas. Através da neuroarquitetura, aprendemos a construir não apenas espaços, mas experiências que sustentam e promovem uma vida plena e saudável.

Maria Claudia Faro 

 

Projeto: Arquitetas Maria Claudia Faro e Carina Brandão / My House Arquitetura | Neuroarquitetura

Fotografia: André Nazareth

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Tag: Neuroarquitetura

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