Moderno é adjetivo e substantivo ao mesmo tempo… é tudo aquilo que é novo e atual, e que o termo ‘contemporâneo’ não consegue definir… imagine aquela sua amiga ousada, antenada, descolada (de onde vem esse descolamento até hoje não entendi), o que ela é, na verdade? moderna…
Ser moderno é tão moderno que ninguém quer deixar de ser – ou sê-lo, mais correta e tradicionalmente falando ou escrevendo… moderno foi também o mais importante movimento artístico-cultural que o Brasil já produziu, a partir da própria Semana de Arte Moderna de 1922, com sua música, literatura e artes plásticas absolutamente inovadoras e, portanto e obviamente… modernas!… a arquitetura também ousou dizer/usar seu nome, ainda que adaptado: modernismo…
Hall de entrada da terceira casa modernista brasileira, assinada por Gregori Warchavchik, e alugada em 2020 para a mostra Modernos Eternos
E nessa direção se destacou, a partir de estrangeiros que por aqui passaram, como Le Corbusier, ou aportaram, como Gregori Warchavchik… que a partir de 1925 instaurou oficialmente o estilo em suas três casas modernistas de São Paulo, para começar… um escândalo!
Da escada original de madeira – substituída nos anos 1950 por outra com degraus de vidro – a visão do living
Parte do living absolutamente clean em seus pouco móveis, uma característica do Modernismo no décor
Repare: mesa de centro (que centro?) pequena e descolada, tapete idem, ausência de obras de arte.
Minimalismo no Modernismo
A segunda casa – já que a primeira foi a residência dele e de sua mulher Mina Klabin W., – teve que ser explicada: nasceu já com uma exposição, o que hoje chamaríamos de mostra de arquitetura e decoração… bem, deu no que deu: o adeus ao Art Déco, as casas, vilas e edifícios retos e limpos… um novo horizonte que gerou até Brasília!… e continua, mas a gente conta tudo isso no nosso próximo encontro, ou numa live, para ser bem up to date, ou seja, moderno…
A casa passou por mudanças de layout, uma delas assinada por Lina Bo Bardi em 1950. Hoje a foto deste ângulo seria diferente.
O teto já não mais exite, mas esta visão da sala de jantar ainda pode ser contemplada: todos os móveis originais estarão conosco.
Parece o que hoje chamamos de 3D na arquitetura, e mostra que a limpeza é conceito básico no Modernismo.
De frente, o nicho do sofá e a estante-biblioteca, sem o que hoje é conhecido como produção.
Eram só livros…
Outro ângulo da mesma sala, com destaque para o sofá embutido no nicho da parede com direito a biblioteca.
A cozinha moderníssima para 1930 teve sua escada trocada de lugar. Evoluções da asa que seu autor aprovava.
A escada de madeira que até hoje leva ao rooftop de onde se avista o bairro de Higienópolis
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