Colunista convidada Nayara Macedo
O termo home staging – a arte de valorizar o seu imóvel em pouco tempo na hora de vender – surgiu nos Estados Unidos na década de 70. A técnica, que se sustenta basicamente sobre três pilares – marketing, design e conhecimento do mercado imobiliário – é amplamente utilizada de forma estratégica para obter sucesso nas vendas de imóveis.
home staging se vale de um antigo conceito derivado da “cenografia teatral” para criar um espaço mais atrativo e humanizado, com o objetivo principal de tornar a propriedade mais comercializável aos olhos do maior número compradores possíveis.
No Brasil, o home staging ainda é um assunto em ascensão, visto com mais frequência nos estandes de lançamentos das grandes construtoras, também conhecidos como “apartamentos decorados”.
Porém, nos EUA é uma prática bastante comum, difundida não somente em lançamentos imobiliários como também em propriedades já prontas que são colocadas à venda. Por isso, existem escritórios especializados em oferecer o serviço de home staging espalhados em todo o país.
Ainda em solo americano, várias empresas do ramo de móveis costumam alugar seus produtos para especialistas em home staging usarem na ambientação dos espaços, podendo ser devolvidos após um determinado período em exposição ou vendidos juntamente com o imóvel.
A famosa rede brasileira Artefacto, por exemplo, é adepta desta prática e costuma marcar presença com seu mobiliário em vários apartamentos decorados nos mais badalados empreendimentos de Miami, como One Thousand Museum (da arquiteta Zaha Hadid), Porshe Design Tower, Fendi Chateau, entre outros.
Como a maioria das pessoas tem dificuldade em visualizar o espaço pronto e o que ele realmente pode oferecer, é tarefa do home stager tornar a experiência de vivenciar os ambientes em um grande influenciador na venda.
Seu trabalho consiste em potencializar os pontos fortes e minimizar os pontos fracos da propriedade através da aplicação de técnicas de design, incluindo cores, móveis, objetos, planejamento do espaço e produção. E saber aliar essas técnicas ao perfil e lifestyle do público-alvo, identificando ainda para quem o empreendimento foi pensado, suas necessidades, atividades cotidianas, hábitos e desejos.
Vale lembrar também que é possível fazer melhorias e preparar os imóveis para a venda sem desembolsar valores exorbitantes. Quando se trabalha para o mercado imobiliário, essa relação custo x benefício deve ser pensada do ponto de vista comercial e de retorno do valor investido.
Existem itens que agradam a todos e que devem ser ressaltados em qualquer staging para garantir uma venda rápida, como espaços que parecem mais amplos e iluminados, com boa circulação e armários/espaços de armazenamento bem planejados. Mas também é preciso adotar soluções criativas que demandem pouco investimento financeiro mas que agregam grande valor visual.
Outro ponto importante a se considerar é o avanço tecnológico, já que o primeiro contato que o cliente tem com o imóvel é feito através de fotos publicadas em portais imobiliários. Um staging bem feito, aliado às ferramentas de fotografia e divulgação em plataformas digitais, são uma combinação de sucesso que garante ao imóvel uma boa “presença online”, com mais visualizações e visitas, o que agilizará o processo de venda.
As estatísticas comprovam a eficácia da técnica. De acordo com dados da Real State Staging Association, as propriedades que recebem o home staging são vendidas 73% mais rápido dos que os imóveis vazios, além da valorização de 6 a 8%.
Desse modo, o home staging figura como uma ferramenta de alto potencial, que pode fazer toda a diferença para o aquecimento do mercado imobiliário, principalmente em períodos de turbulência.
Arquiteta carioca que hoje reside em Miami e colunista convidada da Conexão Décor
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