O colorido de um raro tapete dos anos 70 da artista Concessa Colaço deu o tom à atmosfera descompromissada dos interiores deste apartamento de 350m2 na praia do Leblon, no Rio de Janeiro.
O projeto do arquiteto Francisco Viana é uma mistura bem humorada e jovial de vários tempos e motivos.
Francisco Viana atendeu ao pedido do jovem casal de empresários, antigos clientes (projetou o primeiro apartamento do casal), que queriam alí, aumentar a família.
A inspiração partiu de um raro tapete dos anos 70 da artista Concessa Colaço, cujo colorido deu origem a cartela de cores e à atmosfera descompromissada dos interiores.
O tapete de Concessa Colaço é um elemento que raramente surge no mercado. Este exemplar foi executado em 1973 sob encomenda para a residência modernista de uma família carioca, com motivos inspirados na azulejaria portuguesa colonial. Encontra-se em perfeitas condições de conservação e foi adquirido especialmente para o projeto.
A maior parte do mobiliário foi adquirida para este projeto. Do antigo apartamento foram trazidos o buffet “Mole” da Latoog e quatro cadeiras de jantar, além de algumas mesas de apoio.
O apartamento de 350 m2 tem ambientes que comunicam-se livremente entre si, com amplas perspectivas que, aliadas à ampla vista, trazem a sensação de liberdade de espaço e movimento.
Alegre mistura de estilos com certa “nonchalance” jovial ao inserir peças com densidade histórica numa atmosfera absolutamente casual.
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Optei por um layout totalmente fluido, localizando a mesa de jantar no mesmo ambiente do living e instalei a sala de TV no lugar da antiga sala de jantar, mantendo o vão aberto diretamente para o living.
Os clientes desejavam ambientes descomplicados e alegres com uma vibração compatível com sua juventude, mas sem cair em esterótipos.
Foi decidido então, incorporar algumas peças decorativas inusitadas mas com grande influência no conceito geral do trabalho que é o livre e harmônico diálogo entre estilos, formas, cores e sensações. Muito tranquilamente, sem confrontação. Paz & Amor.
Foi mantido todo o piso original das áreas sociais, em materiais nobres e desenho intacto característico dos anos 60.
O piso do hall social em mármore Botticino clássico com filetes e tabeiras em granito preto absoluto que também emoldura todo o restante do piso em parquet dos ambientes de estar, jantar e sala de TV.
O parquet em peroba do campo tem belo trabalho de marqueterie com delicados filetes em imbuia.
O ponto alto do projeto pode ser comparado à um passeio tranquilo por ambientes alegres e atuais com pequenas janelas para a iconoclastia colorida dos anos 70.
Várias gamas de amarelos, azuis e verdes definem o ambiente de estar, ancorados no grafismo colorido do tapete artesanal da artista Concessa Colaço. As paredes e tetos da área de estar e ambiente de jantar foram pintados num tom off-white conhecido como “osso”.
Assim, atenuam a forte presença do belo parquet original dos anos 60 que apresenta delicada e impecável marqueterie formando losangos, com tabeiras e rodapés em granito preto absoluto.
A colcha super colorida e vibrante da “Mucki Atelier” foi o ponto de partida para definir o astral solar do ambiente. Paredes, tetos e piso no mesmo tom “osso”.
O hall de acesso aos closets e banheiros da suíte encontra-se num pequeno desnível com o piso em parquet de madeira. Ali foi implantada uma pequena área de trabalho.
O piso elevado da suíte máster foi pintado no mesmo tom off-white das paredes e tetos para atenuar a forte presença da madeira que marca os ambientes sociais.
Surgiu do desejo dos clientes de terem a cama acima dos perfis das esquadrias de alumínio, os quais não puderam ser alterados por tratar-se de fachada principal.
Esta solução foi escolhida também porque destaca o colorido vibrante dos tecidos e acessórios.
Projeto de iluminação foi desenvolvido pelo escritório de arquitetura com consultoria da Dimlux.
Fotógrafo: Juliano Colodetti, MCA Estúdio
Celina Mello Franco
Liliane Abreu
2 comments
Lindo esse apartamento. A-mei
Lindo esse apartamento! A-mei !!!!