Duplex ou galeria de arte? Os dois. Após reforma, um apartamento linear no bairro do Leblon, Zona Sul do Rio, foi transformado em um imóvel de 440m² onde conforto e um acervo de obras de arte da proprietária vivem em sintonia.
O escritório Escala Arquitetura cumpriu a missão de integrar dois apartamentos harmoniosamente, com espaços pensados para a proprietária receber seus amigos e familiares e expor e valorizar sua vasta coleção.
“Projetamos uma escada em aço cortén que lembra uma dobradura, sem vigas aparentes, com guarda-corpo em chapa perfurada no mesmo material para trazer leveza visual ao conjunto. Este elemento se impõe como uma peça escultural que dialoga perfeitamente com a coleção de obras de arte da cliente”, conta Patricia.
Entre as áreas social e íntima do pavimento inferior do duplex, as arquitetas projetaram um espaço de convívio familiar que abrange uma sala íntima com copa integrada, brinquedoteca e espaço de ginástica. Este piso também conta com quarto para os netos, closet com banheiro, depósito, duas dependências completas de funcionários, lavabo e uma ampla sala de estar, com escritório integrado, podendo ser isolado através de portas de correr com esquadrias de madeira e fechamento em vidro.
“A decoração deste andar é mais sóbria na sala, em tons naturais com destaque para os terrosos, enquanto o espaço destinado às crianças é mais descontraído e colorido”, explica Carolina.
No pavimento superior do duplex, onde a cliente já morava, a principal estratégia adotada pelas arquitetas foi a reconfiguração da área social, que já havia passado por uma reforma significativa anteriormente.
“Para viabilizar o novo layout e criar uma disposição mais fluida e integrada, reposicionamos o lavabo na antiga dependência dos funcionários para dispor a sala de jantar mais ao centro, liberando bastante espaço para a sala de estar com tv”, revela Patricia.
Galeria de arte no duplex
Para não tirar o protagonismo das obras de arte, a marcenaria da área social do andar superior foi reduzida a uma estante branca (formada por pequenos nichos), embutida sob o peitoril da janela. Pela mesma razão, um banco de concreto ocupa toda a extensão da maior parede da sala, onde fica a tv, servindo, ao mesmo tempo, como expositor de quadros e assento extra em dias de casa cheia.
“Também transformamos o extenso corredor íntimo, que dá acesso à suíte master com closet e ao quarto de hóspedes, em uma galeria de arte”, diz Carolina.
Já o layout da restante da planta – que engloba a suíte master com closet, o quarto de hóspedes, o banheiro de hóspedes, a cozinha e a área de serviço – foi mantido.
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Celina Mello Franco
