Cobogós são elementos vazados que permitem a passagem da ventilação natural, dá luz e privacidade para o ambiente.
Desenham a sombra nos pisos e paredes, em um efeito que transforma todo o ambiente para quem o vê desde o exterior e interior.
O Cobogó surgiu na década de 1920, em Recife, e teve seu nome criado a partir da junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores, um grupo de engenheiros – o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis.
Muito difundido por Lúcio Costa, tornou-se bastante presente na estética da arquitetura moderna brasileira.
Moldados em diversos materiais e ideais para complementar paredes, dividir espaços, enfeitar muros e dar privacidade a ambientes, os Cobogós podem ter desenhos simples, com furos quadriculados ou pequenos vãos que parecem teias ou rendas.
Feitos de cimento e tijolo no início, hoje eles aparecem em novos volumes, formatos, perfurações de dimensões variadas e com outros materiais de fabricação, como o vidro, o aço, a porcelana e a cerâmica.
Com o avanço da tecnologia, as peças – replicadas várias vezes em sequência para formar o conjunto do elemento – geralmente são cortadas a laser em fábricas e podem ser encontradas com alta complexidade geométrica.
Além disso, já são industrializadas visando à eficiência térmica e energética, pois, com as pequenas aberturas, permitem entrada de ventilação natural e frescor aos ambientes internos, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais.a generosa.
No decorrer da noite, a luz artificial atravessa os pequenos vãos do interior para o exterior, tornando a arquitetura uma espécie de luminária urbana que interage com as sombras de seus usuários e mobiliário.
Além de sua função, o cobogó traz consigo certa poética ao projeto de arquitetura. Decidimos destacar esta criação brasileira, escrever brevemente sobre sua história e apresentar uma seleção de projetos que adotam este elemento.
Alguns modelos de Cobogó:
São só alguns, veja o nosso Pinterest para mais exemplos.
Liliane Abreu