Localizado em Copacabana, um dos mais famosos bairros do Rio de Janeiro, esse imóvel da década de 60 está localizado em um prédio antigo, tal qual a maior parte dos edifícios que permeiam o bairro. No apartamento, moram um casal e, vez em quando, os dois filhos que estudam fora.
O pedido dos clientes foi bem específico: espaços sociais aconchegantes, para que todos possam se sentir à vontade e acolhidos.
Para isso, a arquiteta Vivian Reimers, responsável pelo projeto, deu início à obra – que durou cerca de três meses, com um projeto de integração da cozinha às salas de estar e jantar, já que, a dona da casa gosta muito de cozinhar e a família costuma receber convidados com frequência.
A cozinha deveria ser capaz de conter todos os equipamentos e utensílios necessários para a preparação e degustação de pratos de comidas e confeitaria, dispondo de facilidades para o armazenamento de mantimentos e louças para servir a mais de doze pessoas.
Outro requisito foi que a ilha central, que serve com móvel de apoio e área de refeição, mantenha as rodas, para permitir a mobilidade e possibilitar modificar o espaço dependendo da situação.
“Uma demanda importante foi aproveitar a área central do apartamento, disposta como área de televisão, carente de funcionalidade e de luz. Área que trabalhamos e convertemos em dois ambientes: sala de tv e escritório“, explica Vivian.
Na sala de jantar foi usada uma mesa que comporta até dez pessoas. Contudo, a arquiteta optou por uma solução diferente.
“Decidimos implementar ou invés de uma mesa retangular grande, duas mesas quadradas de 1,50 por 1,50m. juntas, configuração que permite modificar a disposição do mobiliário dependendo da natureza do evento social. Cabe destacar, que foi implementado um espaço pensado para um móvel bar, onde incluímos uma pequena adega de vinhos, assim como outras acomodações para acessórios e objetos de apoio”.
A obra de reforma do apartamento da década de 60 foi idealizada num estilo contemporâneo, onde se destacam espaços amplos, linhas retas e cores claras como denominador comum nos revestimentos escolhidos.
Foi a decoração dos interiores que imprimiu a personalidade ao ambiente. Como a família morou algum tempo na África e tem um acervo importante de peças trabalhadas em madeira e metal fundido, foram estes detalhes, misturados ao mobiliário contemporâneo que adquirimos, os que preservaram a identidade e personalidade da casa.
“As paredes do apartamento foram pintadas na cor off-white muito subtil, para destacar o branco das portas, rodapés e alisares”, pontua a arquiteta.
“Destaques: paredes da sala de estar e a do corredor da área intima, que utilizamos a cor Mergulho Sereno (escolhida pela Coral como a cor do 2017).
Tom azul acinzentado que deu um toque especial às peças africanas do acervo da família, trabalhadas predominantemente em madeira e cores escuras ou terrosas. Combinando também, com a cor azul dos pratos trazidos de Uzbequistão, com os que decoramos a parede da sala de jantar.
A cor foi usada também na parede do corredor que da aceso ao escritório, e os quartos, onde organizamos uma galeria de objetos africanos, misturando portais talhados com máscaras trabalhados em madeira e metal”.
Para Vivian Reimers, o excelente resultado da obra se dá ao combo “bom projeto mais clientes parceiros”:
Os moradores decidiram realizar a obra enquanto residiam no apartamento.
“Graças à boa disposição dos proprietários e à seriedade e profissionalismo da equipe com a que trabalho, conseguimos acelerar, na medida do possível, o andamento da obra e minimizar os incômodos decorrentes da mesma. No final deu tudo certo, eles ficaram satisfeitos com o resultado e eu me senti muito feliz por ter sido escolhida para a realização deste projeto”, finaliza Vivian.
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Celina Mello Franco
Liliane Abreu