Casa de praia, no Guarujá, com 590m2 para receber familiares e amigos. O projeto de reforma da casa foi pensado para atender às novas necessidades dos clientes, um casal mineiro de cerca de 40 anos com uma filha de 9 anos e um filho de 5 anos, que queriam um espaço amplo e confortável para receber familiares e amigos. A arquiteta Vivi Cirello conseguiu criar um espaço que é ao mesmo tempo elegante e acolhedor. A casa é um exemplo de como uma reforma pode transformar um espaço, tornando-o mais funcional e agradável.
Devido à grande quantidade de convidados que costumam frequentar a casa, os clientes solicitaram que fossem construídos sete quartos. Seis deles ficam no andar superior, com acesso direto pela rua, e um no andar da praia, que pode ser aberto ou fechado para a sala. Quando aberto, funciona como uma sala de televisão para as crianças. Antes da reforma, a casa contava apenas com quatro quartos.
“Com um número maior de quartos, os clientes podem receber vários amigos e parentes ao mesmo tempo, garantindo que cada família tenha a privacidade adequada“, conta a arquiteta Vivi Cirello.
Antes da reforma, a casa era muito compartimentada, com vários ambientes que dificultavam a visualização da vista para o mar. Para resolver esse problema, a arquiteta propôs uma planta mais reta e ortogonal, com grandes panos de vidro que permitem a entrada da luz natural e a integração dos espaços.
Para criar uma sensação de bem-estar e leveza, foram escolhidos materiais claros, como o mármore travertino romano no piso e paredes brancas.
“A piscina já ficava bem em frente ao mar, mas foi alterada para ficar mais longilínea. A largura da piscina foi reduzida para que o espaço de circulação e lazer fosse mais amplo. A circulação ficou mais agradável, principalmente na área entre o quiosque e a piscina“, conta a arquiteta.
Foi criada uma área com pé-direito duplo, que confere à casa volumes mais interessantes do ponto de vista arquitetônico. Nesse pé-direito duplo, foi colocado um forro de madeira para enfatizar a diferença de altura e tratamento de volumes. Além disso, a cobertura desse espaço é mais alta que o restante da casa.
Há um telhado solto em relação ao outro volume da casa e esse volume mais alto foi revestido externamente de tijolo. Já a parte mais baixa da casa recebeu pintura branca e vários beirais para proteção das janelas, criando também algumas perspectivas bastante interessantes.
A porta de entrada principal foi feita em madeira de demolição, que também foi usada no home-theater. A madeira trouxe uma textura agradável e acolhedora ao projeto.
A porta de entrada do andar superior é feita em vidro. Essa entrada acessa diretamente os quartos. A ideia é que o hóspede possa entrar com suas malas por essa entrada sem precisar subir de escada. A escolha em fazer essa porta em vidro veio da intenção de vermos a praia a partir da rua; os clientes queriam uma visão do infinito, de uma profundidade totalmente livre de barreiras.Os brises colocados na lateral dessa grande entrada foram projetados para proteger a casa da grande incidência do sol nessa fachada (oeste).
Para que a porta de entrada do andar superior fosse mais larga, foi preciso reduzir um pouco a largura dos dois primeiros quartos de hóspedes. Com isso, o corredor não segue totalmente em linha reta. Ele segue em uma diagonal até o final dos dois primeiros quartos. Mesmo sendo esses dois quartos um pouco menores que os demais, mantiveram proporções generosas, garantindo quartos amplos e confortáveis. Para que a proporção ficasse harmoniosa em relação à largura da casa, os dois primeiros quartos foram construídos em outro nível, evitando que a casa ficasse muito alta em relação à rua.
Ficha Técnica:
Projeto: Vivi Cirello
Fotografo: Renato Navarro
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Celina Mello Franco