Em 2009, a Porcelana Vista Alegre adquiriu a Faiança Bordallo Pinheiro.
Suas cerâmicas, com um certo “ar” Kitsch, tem uma história de 130 anos.
Rafael Bordallo Pinheiro, vindo de uma família de artistas, foi um caricaturista da sociedade oitocentista portuguesa. Desiludido com a política, acaba por se dedicar à cerâmica. Muda-se de Lisboa para as Caldas da Rainha e é aí, rodeado de operários, aprendizes e da natureza.
Da horta saem muitas das suas inspirações, produzindo folhas de couves, abóboras, pimentos, nabos, alhos, melancias, entre tantas outras peças, com uma tal perfeição e minúcia que as torna excepcionais.
Sendo o gato o seu animal preferido, também se inspira em tantos outros como as andorinhas, insetos, peixes, batráquios, lagartos, mexilhões, sardinhas ou animais de caça.
Bordallo Pinheiro produz peças de uso doméstico, como pratos, travessas, jarras ou taças, e peças decorativas, como azulejos e alguns animais de enormes dimensões.
Traz para a cerâmica a crítica social e política, como o seu famoso Zé Povinho ou o penico de John Bull, numa provocação à figura icónica de Inglaterra.
A sua peça decorativa mais conhecida é a “Jarra Beethoven” que ultrapassa os 2,60m de altura.
Oferece-a ao Presidente do Brasil, Campos Sales, e ainda hoje está no Museu das Belas Artes, no Rio de Janeiro.
A Coleção Sardinha original da Bordallo Pinheiro, pela sua natureza clássica e tridimensional, transformou-se no suporte ideal para receber o trabalho criativo que as festas de Lisboa desenvolvem desde 2003, e quem tem atribuído à sardinha o estatuto de ícone da cidade.
A Coleção Sardinha by Bordallo é revista anualmente, com a introdução de novas ilustrações e a descontinuação de outras.
Nós, aqui da Conexão Décor, já começamos a coleção escolhendo a Sardinha – Fernando Pessoa.
Além das peças históricas, ainda tem as peças mais atuais, criadas por designers convidados e com edição limitada:
Vale a pena checar o projeto Bordallianos no Brasil
Helena Antunes