Abandonada há mais de 25 anos, construção em Búzios projetada em cinco blocos, originalmente para ser uma pousada, ressurge como
residência de veraneio de uma jovem família pelas mãos das arquitetas Bitty Talbot e Cecília Teixeira, do escritório carioca Brise Arquitetura.
O projeto apresentado pelas arquitetas Bitty Talbot e Cecília Teixeira, da Brise Arquitetura, é sobre uma casa com 420m2 de área construída para ser vivida.
Erguida sobre um terreno de 900m2 em Búzios, foi encarada como um desafio para o escritório, que teve que atender às demandas de uma família composta por um casal jovem, com três filhos pequenos.
Uma casa arejada, aconchegante, funcional e prática eram conceitos a serem seguidos neste projeto, que levou um ano para ser executado, entre obra e decoração.
Na primeira visita ao local, as arquitetas encontraram um terreno amplo com uma construção abandonada, composta por 5 blocos independentes: logo na entrada havia uma caixa d’água suspensa, que foi eliminada.
Em seguida, um bloco abrigava a sala e a cozinha; um terceiro bloco era destinado aos quartos; uma construção no meio do terreno era usada como salão de jogos; por fim, ao fundo, uma pequena edificação funcionava como copa de apoio à piscina.
“Tudo isso porque a função inicial da casa era ser uma pousada, mas acabou sendo embargada pelo condomínio, resultando em mais de 25 anos de abandono”, conta Bitty.
Apesar do estado de degradação, era claro o potencial daquele imóvel.
As pitangueiras demarcavam pátios internos, o que fez com que as arquitetas abrissem a casa para esses espaços, criando ventilação e luz natural em todos os cômodos.
“Todo o desenho do piso externo, das novas coberturas e circulações buscou preservar as árvores existentes”, lembra Cecília.
A sala foi prontamente realocada para o outro bloco, de forma a ficar em contato direto com a piscina.
Para criar um espaço mais agradável, o telhado foi todo desmontado, reaproveitado e refeito numa altura maior, proporcionando assim a ventilação natural e a amplitude que as profissionais desejavam no ambiente.
A cozinha, mantida no mesmo bloco, é o primeiro ambiente da casa.
Ela é integrada à sala de jantar através do hall de entrada e conta com painéis de correr, tipo venezianas, que permitem seu fechamento ou abertura total.
“A sala de jantar se conecta a uma varanda coberta, criada especialmente para promover a ligação de todos os blocos existentes. Desta maneira, toda a área social da casa fica interligada”, ressalta Bitty.
É possível perceber claramente o contraste da nova arquitetura com a existente, já que as arquitetas optaram por usar nas novas construções estrutura metálica aparente e vidros associados à palha de dendê, material natural que proporciona conforto térmico.
Uma escada no hall de entrada leva ao segundo pavimento, onde fica a suíte máster do casal, integrada por quarto, banheiro e closet. Do outro lado do terreno ficam os quartos, antes dispostos em edificações separadas.
“Decidimos unir todos os quartos em um grande bloco, criando banheiros individuais, totalizando quatro suítes, sendo duas para os filhos e duas para hóspedes”, explica Cecília.
A construção que havia no fundo do terreno foi derrubada para dar lugar a um anexo de lazer, integrado por área gourmet, lavabo, sauna e brinquedoteca, dispostos linearmente e voltados para o jardim e piscina que já existia, mas teve suas dimensões alteradas para se adaptar ao novo layout.
No que se refere aos revestimentos, as arquitetas optaram por usar um único piso em todos os ambientes da casa (porcelanato da marca Portinari modelo Singular WH), alterando apenas o acabamento de acordo com a função.
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Celina Mello Franco
Liliane Abreu
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