Do home theater à área com ofurô, duplex privilegia os espaços de convivência e entretenimento da família.
Arquiteto Pietro Terlizzi tirou partido da localização do edifício para criar uma cobertura de tirar o fôlego marcada pelo estilo industrial descolado.
O fato do duplex ficar no topo de uma torre de nove andares traz alguns benefícios, além da vista incrível da cidade.
Com 160 m², ele se encontra num pavimento relativamente baixo, conquistando um ‘respiro’ visual e sonoro graças ao afastamento da rua e garantindo também um ar mais agradável.
“Isso nos direcionou a criar um projeto onde os moradores pudessem ter uma área externa convidativa no segundo andar. É possível aproveitar melhor a paisagem e a tranquilidade do lugar sem parecer que estamos em São Paulo”, diz o arquiteto Pietro Terlizzi, do escritório Pietro Terlizzi Arquitetura, responsável pela reforma.
Não por acaso o andar superior, que antes era uma simples laje descoberta, abriga toda a área de lazer e diversão do apartamento.
Composta por home theater, mesa de jantar, espaço gourmet com churrasqueira, deck, jardim vertical e ofurô, o local apresenta um partido industrial.
O estilo foi trabalhado com dutos elétricos aparentes e revestimentos rústicos, mesclando tijolos, madeira e porcelanato com visual de cimento.
A estrutura metálica, que cobre o home theater e a sala de jantar, traz blocos amarelos na parede, na porta e na marcenaria, combinados com as nuances de cinza.
Os cordões de luz e a galeria de quadros reforçam a atmosfera jovem e descolada.
No andar de baixo, o caixilho e a alvenaria original da sacada foram removidos para integrar a varanda à sala.
A escada caracol, original do apartamento, recebeu pintura automotiva amarela e se tornou um elemento visual importante, inclusive para quem vê o ambiente de fora.
A varanda foi aproveitada como cantinho de leitura e dos momentos com o violão.
O estar traz elementos aconchegantes, como o assoalho de cumaru, e urbanos, como o cimento queimado.
Já o forro e as paredes pintadas de branco equilibram esse conjunto de texturas.
A parede da entrada, revestida com bricks, faz fundo para a pequena sala de jantar.
Enquanto o banco estofado serve tanto de assento para as refeições quanto para os moradores calçarem os sapatos, organizados nos nichos.
Para não atravancar a circulação, a marcenaria é linear e fica junto às paredes, a exemplo do rack.
O projeto de iluminação, trabalhado com spots embutidos no forro, é importante para suprir a falta de claridade, já que o apartamento só recebe luz em uma das faces.
A parede da entrada, revestida com bricks, faz fundo para a pequena sala de jantar.
Enquanto o banco estofado serve tanto de assento para as refeições quanto para os moradores calçarem os sapatos, organizados nos nichos.
Com estilo americano, a cozinha dispõe de uma bancada generosa para o cooktop e bastante espaço para os eletrodomésticos.
A marcenaria cinza chumbo contrasta com os tampos de quartzo branco e as cerâmicas subway tiles das paredes.
No quarto de casal, quem se destaca é a cabeceira com estrutura de MDF e couro sintético.
Ela traz uma luz indireta que incide sobre a parede de tijolos e evidencia o material.
A paginação do tecido em espécie de almofadas dá um toque clássico, criando um contraponto com os elementos modernos da área.
No banheiro da moradora, o branco predomina em boxe e bancada.
Somente o piso da área seca tem aparência de madeira a fim de aquecer o local.
Já o banho do marido traz matizes de cinza em marcenaria, piso e revestimento do boxe.
Estreita, a pia esculpida em pedra se estende de uma parede a outra, maximizando a área do lavabo.
Os pendentes industriais dão graça e personalidade ao banheiro de visitas.
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Celina Mello Franco
Liliane Abreu