Smael Vagner vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Começou a grafitar em 1999 nas ruas do Rio.
Com o aprofundamento em seu trabalho, o artista desenvolveu estilo e conceito própio.
Em 2003, já se destacava no espaço da cidade e sua participação no circuito cultural e artistico abriu novos desafios a sua linguagem, o que instigou experiências em novos suportes além dos muros e dos equipamentos urbanos.
Sua intenção com o grafiti sempre foi inovadora, transgressora; explorou novas possibilidades de linguagem, estabelecendo no seu trabalho uma identidade própria que o diferenciava dos demais, no ambiente que, ao seu olhar, parecia estagnado.
Seu trabalho revela uma grande vitalidade gráfica e um intenso cromatismo.
As linhas negras estruturam toda a composição e dialogam com contrastes de cor: cor e linha constroem também novos planos visuais, produto da extraordinária dinâmica de formas criadas pelo artista e que provocam o nosso olhar a seguir o ritmo de suas provocações.
Destaque para duas séries importantes na sua carreira:
As bicicletas, sua primeira individual na Europa, em 2011, aonde o artista pintou algumas bicicletas que fizeram parte da sua historia e do ciclismo mundial.
Série Náufrago em 2016, resultado e resgate de madeiras de embarcações, encontradas tanto do mar à deriva, como nas praias que frequenta entre Cabo Frio e Búzios, no estado do Rio de Janeiro.
Uma ilha deserta. Restos de madeiras, toras e objetos trazidos pelo mar. Um artista, um sobrevivente e suas idéias. Todo homem é uma ilha, já dizia Saramago.
E toda ilha deve ser desvendada, descoberta. É isso que Smael Vagner propõe nesse processo de criação. Através de suas pinturas, o artista arrisca novos traços, cores e sensações. Sendo um náufrago numa ilha desconhecida, ele se apropria dos materiais encontrados na praia.
Cada peça traz uma carga afetiva de memória, da relação com o oceano e o seu testemunho do tempo. Como na filosofia japonesa wabi sabi, Smael Vagner enobrece cada falha, cada imperfeição desses objetos numa aceitação da transitoriedade, e só então os reagrupa, dando um novo sentido à sua arte.
Principais exposições
Centro Cultural dos Correios, exposição coletiv
Galeria Toulouse, RJ, exposição individual, “Transposição” 2007.
Miami, USA, exposição coletiva, “Graffiti Gone Global”, 2009.
Casa França Brasil, RJ, exposição coletiva, “A Céu Aberto”, 2010.
Galeria Rien, Aix in Provence, França, exposição
Galerie Brugier e Rigail, Paris, França, exposição
Galeria Inox, Rio de Janeiro, exposição individual “O circo chegou“, 2012.
Galerie Brugier e Rigail, Fran
Galeria Homegrown, Rio de Janeiro, exposição individual “Fotossíntese”, 2015.
Galeria Paçoca, Rio de Janeiro, exposição individual, “Náufrago”, 2016.