Mas e agora, o que rola? Depois do intensivão de abril, os que foram e já voltaram da Feira de Milão trouxeram muitas novidades sobre os lançamentos de produtos, inclusive nossa editora Celina Mello Franco .
“Milão sempre me emociona!
Um dos programas que mais gosto é visitar os belíssimos apartamentos e “palazzi”milaneses, transformados com decorações e instalações criadas especialmente para essa semana.
Um exemplo marcante deste ano foi o L’Appartamento by Artemest — que participa pelo terceiro ano consecutivo — onde os ambientes foram reinventados por estúdios de design de interiores internacionalmente aclamados, utilizando exclusivamente peças do artesanato e do design italianos.
Uma verdadeira beleza!”


Quem não foi, com certeza se abasteceu das trends nas palestras pós-feira ou no volumoso mundo das informações da internet, (onde, aí sim, rola de tudo!) e já está fazendo suas apostas.




Pinçando aqui e ali estão em alta a estética biofílica (com o uso de plantas e materiais orgânicos – só, por favor, sem montar florestas em poucos metros quadrados); cores neutras ou terrosas (menos nas cozinhas onde o azul é um must have); móveis reciclados e tecidos naturais (linho e algodão); azulejos geométricos ou estampados em qualquer cômodo; valorização do artesanato e da arte popular brasileira e muita tecnologia fazendo contraponto. E atenção: ancestralidade é o mantra de 2025.
Ao que parece, o minimalismo Menos é mais vai saindo de cena e entra o maximalismo, que corre o perigo de precisar de um bom desapego se não houver bom senso. O conceito foi estimulado pelo arquiteto Robert Venturi, vencedor do Pritzker Prize de 1991, que rebateu a máxima de Mies van der Rohe com um Menos é chato.






A proposta é ter um estilo pluralista onde as misturas trazem mais personalidade aos ambientes. Sem medo de ser feliz, junte estampas, texturas, cores, painéis, quadros e memorabília e esqueça o que “todo mundo está fazendo”. Bye paredes brancas e Quiet Luxury. Divertir-se com o décor da casa é lei.
Este ano as mostras já estão começando a aparecer, terreno fértil de ideias. A Casa Cor São Paulo comemora sua 38ª edição no Parque da Água Branca com o tema “Semear Sonhos”, de 27 de maio a 3 de agosto.
Protegido pelo patrimônio histórico, o Parque tem 137 mil metros quadrados de remanescentes da Mata Atlântica preservados e o evento ocupará um espaço de 10.161m² de área construída, com cerca de 70 ambientes que incluem casas, apartamentos, lofts, jardins, além de espaços dedicados a instalações artísticas, gastronomia e compras. Nesta edição participarão do elenco os cariocas Paula Neder, Paola Ribeiro, Bruno Carvalho, Gisele Taranto, Pedro Coimbra e Jackson Tinoco e João Panaggio – espero não ter deixado ninguém fora…
Outro evento imperdível é a DW! que ocupará lojas e áreas comuns do CasaShopping entre 10 e 15 de junho. Essa será a segunda edição do evento carioca – que acontece em São Paulo desde 2012 – e contará com a participação de cerca de 30 marcas além de talks sobre arquitetura, design e urbanismo, instalações de arte, site specifics (obras que dialogam com o ambiente), lançamento de móveis, produtos e revestimentos. Sob a Onda Carioca do mall ficará a obra “Disjunção Espacial”, criada por Maria Lynch com curadoria de Elisangela Valadares e formada por cinco gigantes membranas de 60 kg cada.
Tem mais? Sim, a exposição “Gênesis Tectônica”, em que sete designers da Dexcolados trabalham com diferentes materiais (madeira, cordoaria, compósito, palha, reciclado, ferro e cerâmica). Um convite à experiência tátil, sensível e consciente da matéria.
Ah, faltou a Casa Cor Rio. De novo no Fashion Mall, o que é uma delícia, vai abrir de 9 de setembro a 26 de outubro.
E vamos acompanhando atentamente o que vão criar nossos arquitetos, designers de interiores e paisagistas nesse quase restinho do primeiro semestre de 2025.


Uma dica bacana é a encantadora coleção Arquétipos, estreia do artista plástico Vik Muniz numa collab com a +55design, marca de mobiliário do design contemporâneo brasileiro, lançada durante a SP Arte. O artista trouxe uma estética de mini objetos que parecem ter saído de uma casa de boneca, com características desproporcionais por serem feitos com tecidos e tramas de tamanho normal e costurados à mão.
A coleção tem 7 peças exclusivas – com sofás, poltronas e mesas – que ganham proporções exageradas e detalhes que remetem ao feito à mão. Em Arquétipos, botões gigantes se transformam em mesas de centro e de canto e um carretel de linha funciona como uma mesa de apoio.

E para terminar, outra dica que vai animar o mercado é o novo livro do arquiteto paulista Sig Bergamin, sua terceira publicação com a editora francesa Assouline e a sétima publicação de sua carreira.
Uma fonte de ideias.
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