Uma das maiores maldades que vi nesse fim de semana foram várias praias do Rio com uma água tão transparente que parecia mentira.
E nós sessentenados (quarentena já era) como ficamos?
Sem poder nem molhar os pés nessa delícia? Não adianta chorar, não é mesmo?
Para quem como eu ficou morto de inveja, temos uma dica que vai ajudar a enfrentar esse desejo.
Basta olhar, sonhar e, claro, levar para casa.
A ideia é do fotógrafo Joaquim Nabuco, que resolveu lançar a coleção Art Boards, uma série de fotos de paisagens do Rio impressas em pranchas de surf para trazer para dentro de casa aquele gostinho de mar.
“Por enquanto tenho um modelo pronto feito pelo shaper de pranchas Edgo, que chamei de Geometria Carioca, e são também as fotos mais vendidas na galeria.
É uma edição de dez pranchas por foto, quase sempre em preto e branco, mas terei outras, coloridas, do Custódio Coimbra de do francês Laurent Masurel.
Os ângulos são geométricos, diferentes, sem clichê. Destaco as formas da cidade e as paisagens não são de cartão postal, mas de um lifestyle carioca.”, conta Joaquim, dono da Cinza Photo Gallery que funcionou durante dois anos no Fashion Mall.
” Por coincidência estávamos saindo de lá, eu e minha mulher Deyse Krieger, que é minha sócia, e de olho numa casa para montar outra galeria. Aí veio a quarentena e foi até bom, pois estou me organizando mais“.
A divulgação é feita online (@cinzaphotogallery no instagram) ou pelo site www.cinzaphoto.com. e, interessados, corram lá para se deliciar com as obras.
Joaquim conta que a maioria de seus clientes é de pessoas entre 30 e 40 anos que já estão acostumados a tratar a fotografia como obra de arte e que é um momento bom para o gênero, que está vendendo bastante.
“Apesar da internet, das fotos digitais com o celular onde todo mundo acha que é fotógrafo, elas estão vendendo mais do que as pinturas. Já fiz exposições de fotos de Custódio Coimbra e Evandro Teixeira e outros nomes conhecidos.
Estou também sempre procurando formas diferentes de enquadrar os trabalhos. Fiz uma série que tinha por moldura a traseira de uma Brasília – com fotos do Rio. Deu trabalho porque tive que buscar num ferro velho, fazer a lanternagem e emoldurar. Para isso conto sempre com o Villaseca, moldureiro, que é um craque.
“Outra boa sacada foram as portas antigas, em pinho de riga com as fotos emolduradas como se fossem a vista do lugar. E o melhor: a coleção tinha um nome bem humorado, “Da janela vejo o Corcovado...”
Sempre procurando inovar, o fotógrafo também já recorreu a televisões antigas, encomenda que recebeu da TV Record. “Nada é impossível”, afirma ele.
Joaquim já foi publicitário, redator de agências conhecidas como a Denison e a DM9 e morou durante sete anos em São Paulo. Depois de dedicar-se à moda e capas de CD, fez uma parceria com a revista Trip e criou um site de fotos sensuais – com o sugestivo nome de Colírio Brasil – onde passou alguns anos fazendo ensaios com as mais diversas modelos brasileiras .
” Fiquei com um material bem extenso e resolvi fazer um livro. O mais interessante é que acabei publicando através da editora americana Schiffer Books. O primeiro foi Brasilian Angels e o segundo Paradise in Brazil. Como gosto muito de arquitetura e já fiz trabalhos para profissionais como Cadas e Helio Pellegrino, resolvi aproveitar o bom momento do país, que estaria sediando a Copa e as Olimpíadas, e publiquei um terceiro livro, The art of brasilian architecture, mostrando o talento dos profissionais do país.
Então amigos, recomendo vivamente que pensem no mar, nas ondas e levem pra casa as pranchas que chegam a lembrar o cheirinho de maresia.
Até semana que vem.
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