As luzes estão piscando, o panetone aparece em várias versões e a uva-passa pede passagem. “Nossa!”, dizem, “voou”! Faço coro, mas pergunto: e você já está pensando no Natal? Adora? Nem liga? Está com a pulga atrás da orelha porque não se programou ainda?
Vamos falar então do símbolo máximo, depois de Jesus, claro, que povoa nosso imaginário nessa época: a árvore de Natal. (Melhor não falar na lista de presente, concorda?)
Dizem que esse costume data do terceiro milênio AC e era um símbolo divino, festejado pelos pagãos no solstício do inverno. Os pinheiros eram cortados e levados para dentro de casa onde costumavam ser enfeitados. Algodão e velas eram os objetos mais comuns, mas essa tradição só chegou aos Estados Unidos e à Europa no século XIX, difundindo-se à América Latina no século seguinte, onde divide com o bacalhau e o peru o título de símbolo máximo das festas.
Para quem se arrepia em pensar no trabalho que dá montar uma árvore, vale uma história vitoriosa. José Carlos Machado Mesquita, ou apenas Mesquita, como é conhecido, nascido em Barra do Piraí, começou trabalhando com moda fazendo vitrines em sua cidade e depois em parceria com o saudoso Edgar Otávio para a marca Ellus.
“Vim para o Rio e conheci o Brasil inteiro com esse trabalho. Sou autodidata e trabalhei durante muitos anos para a loja Bee, que tinha lojas em vários aeroportos além de Copacabana. Com a Ellus fui para o Chile onde morei por quatro anos. Quando voltei passei a me dedicar à decoração e a primeira loja que fiz foi a Wellcome Home. Depois disso não parei e resolvi também fazer interiores, pequenos projetos e obras, parcerias com arquitetos, além de decoração de festas, casamentos, batizados“, conta ele.
Foi uma amiga que abriu o campo para a decoração de árvores. “Ela me chamou e não parei mais. Se bem que, no interior onde morava, pegava galhos de goiabeira e colava algodão para parecer neve”, conta divertido.
Por ano monta cerca de 15 árvores, que são previamente combinadas já em setembro. As árvores e a maioria dos enfeites são dos próprios clientes, mas quando faltam itens mais charmosos, ele dá sugestões e se precisar sai à busca com eles.
Com o arquiteto Jorge Nascimento do Empório Santa Rosa, ele faz parceria nas mesas que produz para as festas e às vezes também no décor das árvores. “Montei uma árvore toda de orquídeas, ficou linda, e outra só com chuva de prata, um tipo de flor.”
Não pensem que as ditas são pequenas. Algumas têm mais de quatro metros de altura e certa vez ele se desequilibrou e teve que se segurar numa coluna para não cair direto num espelho d’água repleto de carpas. Ossos do ofício…
Nesta semana Mesquita promete uma surpresa: fará a fachada natalina de uma delicatessen.
Jingle bells!
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