Estilo francês com alma carioca
Se os cariocas, que já estão acostumados com a paisagem da cidade adorariam morar num “cartão postal”, imagine quem vive em outros estados! Pois foi essa a abordagem da cliente do arquiteto “demi français/ demi carioca”, Jean de Just: queria ter um apartamento com vista, mas não qualquer uma. E conseguiu realizar seu sonho de ter um pied-à-terre (e que pied) desfrutando de toda a baía da Guanabara.
O arquiteto fez a reforma de vários cômodos e não economizou na imaginação. Nem nas cores, uma característica de seu estilo, que ele define como francês, mas com alma carioca.
“É um imóvel de 350m2 na avenida Ruy Barbosa com três quartos generosos. Nas paredes existia um revestimento de madeira de demolição que estava sem graça. Optei então por cobrir tudo com uma pátina verde, com a tinta bem diluída para manter a transparência e não ter aspecto de pintura chapada. E o trabalho sobressai ainda mais ainda por causa dos veios da madeira“, conta ele.
Vários detalhes chamam a atenção começando pelo painel que já existia e foi todo remontado e transformado em biombo feito de… asas de borboleta! As obras de arte acompanham o clima do imóvel, sempre muito coloridas à exceção do lindo e sóbrio Krajcberg que reina ao lado da poltrona.
Os móveis, apesar de sóbrios, tem muita personalidade inclusive a mesa de mármore, que o arquiteto mandou fazer para parecer madeira. No piso, cerâmica branca e prática, para destacar o décor, com reaproveitamento de peças e refacção de outras, como o sofá, que ganhou novo estofamento.
Destaque para a pintura dos quartos, que varia do rosa ao alaranjado. Deixando clara a digital de Jean. Mas a cozinha não fica atrás, com o frontispício de Colormix amarelo levantando o ambiente que tem armários da Florense, bancada e ilha em quartzito nacional.
Um arzinho industrial surpreende no lavabo, com cerâmica imitando concreto e um bloco de mármore escolhido para a bancada e pia.
Também vale notar as luminárias da Maison Aracajú – empresa do arquiteto – misturadas com luminárias antigas do Marché aux Puces.
Très carrrriocà, n’ est ce as?
Projeto: Arquiteto Jean de Just
Fotógrafo: André Nazareth
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