O assessor de imprensa carioca Marcelo Guidine abre seu apartamento em Copacabana, com exclusividade para a Conexão Décor, adaptado durante a pandemia para ser um home office permanente, repleto de plantas.
Marcelo é nosso parceiro profissional desde o começo da Conexão Décor, sempre nos apoiando e trocando ideias, e é com enorme alegria que publicamos hoje a sua casa nessa nova etapa de vida, carreira solo em home office.
Um segredinho…quase todos os quadros que aparecem nas fotografias são obras do próprio! Em um bate papo pelo telefone, quando eu elogiei uma tela que está em cima do gaveteiro preto, tive a grata surpresa de saber que levava a assinatura do Marcelo.
Guidine mora em um apartamento de 70m2, em Copacabana, e mesmo atuando no mercado de arquitetura, design, decoração e paisagismo há 30 anos, sua casa está longe de retratar as tendências do momento, salvo pela enorme quantidade de plantas espalhadas em praticamente todos os cômodos – movimento mundial que cresce a cada ano, batizado urban jungle.
O gosto por plantas surgiu, a exemplo de meio mundo, durante a pandemia, quando Guidine passou a executar seu trabalho em home office, usando de forma improvisada uma bancada na lateral do móvel de tv.
“Em abril, ganhei um Antúrio de uma amiga e coloquei ao lado do notebook, bem embaixo da janela por causa da luz natural. O isolamento forçado me obrigou a conviver com ele, lado a lado, pelo menos 12 horas por dia. Na falta da minha rotina lá fora, passei a cuidar da planta e acompanhar o crescimento dela, algo impensável na correria de antes da pandemia”, conta ele.
A sensação de bem estar proporcionada pelo convívio com as plantas, motivou o morador a comprar mais três espécies no mês seguinte e, desde então, ele não parou mais. “Acho que pirei nas plantas”, brinca.
Da decisão pela carreira solo em julho e a opção pelo home office em caráter permanente, surgiu a necessidade de mais espaço e melhor estrutura de trabalho em casa. A saída foi transformar a sala de estar da entrada do apartamento em um novo escritório.
“Desde que derrubei as paredes do segundo quarto, há 10 anos, para transformar em sala de tv, esse ambiente ficou completamente abandonado”, justifica Guidine.
No lugar do antigo sofá, por exemplo, entrou uma extensa bancada de freijó, executada em marcenaria, que vai de uma parede a outra, acompanhada por uma prateleira com a mesma largura, que ele encheu de plantas.
No geral, a decoração do apartamento reúne as aquisições do assessor de imprensa ao longo dos 24 anos que mora nele. A obra da cozinha, toda em preto e branco com piso paginado na diagonal, por exemplo, já tem quase 20 anos.
A marcenaria do quarto, em laca branca fosca, tem cerca 15 anos. Já o piso original do apartamento, em taco de Peroba-do-campo, estava muito danificado e foi substituído por tacão de peroba-mica, paginado em espinha-de-peixe, quando um dos quartos foi demolido.
“Não tenho em casa o que está em voga no momento, como parede ou piso em cimento ou tijolinho, viga de concreto aparente e painéis de madeira ripada. O que tenho são móveis que considero atemporais e contam a minha história de vida”, explica Guidine.
O assessor de imprensa destaca, entre outras peças, o antigo armário-arquivo de madeira pintada de preto com aspecto detonado (garimpado na Feira de Antiguidades do Lavradio), as cadeiras Mila e Finn do designer Jader Almeida, além de alguns clássicos do design contemporâneo, como a poltrona Swan de Arne Jacobsen, a linha Tulipa de Eero Saarinen (mesa de jantar, mesa lateral e poltrona) e a poltrona Togo, desenhada por Michel Duraroy para a marca francesa Ligne Roset.
“De resto, é tudo muito antigo. Vivo reformando, reaproveitando, mudando o visual do que já tenho. Meu sofá, que tem capa removível em sarja pistache, foi comprado numa loja no Rio Design Leblon na época em que o shopping era só de decoração.
Meu móvel de tv um dia teve acabamento em pau-marfim, na época a madeira da moda, e hoje está todo laqueado de branco.
A mesa de centro, também em laca branca, um dia foi de imbuia bem escura. As tendências vão surgindo e eu vou adaptando o que já tenho em casa. Dificilmente, jogo minhas aquisições no lixo porque na minha cabeça vai junto a minha própria história”, defende ele.
Não conheço melhor definição de LAR do que essa história da casa do Marcelo.
Todas as fotografias foram tiradas por ele com o próprio celular.
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Celina Mello Franco