Em tempos de corona vírus o que mais me chamou a atenção nos noticiários de televisão foram os (bravos) jornalistas e suas estantes de pano de fundo.
Alguns entrevistados também recorreram a elas e uma amiga que já trabalhou em televisão me ensinou que as estantes são ótimas para essas tomadas de cena. Complementam bem o vídeo.
Reparei nos títulos e fiquei com inveja. Alguns tão complexos que nunca vou chegar a entender o que contém. Mas pensando em decoração, que é nosso forte, resolvemos dar uma espiadinha na casa de gente que, além do talento profissional, tem talento para arrumar suas coleções ecléticas em estantes fora do comum.
Vamos lá?
Roteirista, cenógrafo e idealizador dos programas Casa Brasileira, Morar e outros tantos, Alberto Renault vive cercado de livros e revistas.
Para ele, as estantes são imprescindíveis. Em seu espaçoso apartamento da Lagoa, elas dominam as paredes e a atenção de quem chega.
“Eu diria que moro na minha estante. Na verdade são duas, uma de cada lado do apartamento. Tenho poucos móveis e as estantes guardam todos os objetos da casa, louças, utensílios, coleções variadas e até mesmo livros!
Elas foram construídas em gesso acartonado e a diagramação prevista previu nichos, cada um para um tema: arquitetura, fotografia, arte, moda etc…Isso como se eu fosse uma pessoa organizada!
Mas até que me localizo relativamente fácil, apesar de encontrar de vez em quando um livro sobre o Barroco Mineiro entre Yves Saint Laurent e Madame Vionnet.
Tenho um nicho para a Casa Brasileira e um outro para o Japão. Faz pouco tempo os CDs foram embora, achei que surgiria mais espaço, mas os livros e revistas parecem que multiplicam-se de noite e os tais nichos estão com a lotação esgotada.
Minha paixão pelos livros me fez escrever 3 pequenos romances, guardo alguns exemplares nessas estantes que me fazem companhia, me contam a minha história, falam dos meus interesses, sonhos, desejos, alimentaram trabalhos realizados e inspiram aqueles que ainda vou realizar.
Nessa estante estão todas as minha viagens e, principalmente, meu afetos.”
Marcio Roiter, fundador e presidente do Instituto Art Déco Brasil, pesquisador e palestrante internacional vive cercado de preciosidades em seu apartamento do Jardim Botânico.
Mas as estantes estão presentes por toda parte.
” Calculo ter 5 mil volumes que versam sobre o estilo Art Déco, mas também sobre Art Nouveau e anos 50, música, cinema, cartazes, moda, transportes, restaurantes e hotéis são as muitas subdivisões.
Sempre entre 1880 e 1950. Também tenho ,muitas biografias de grandes personalidades dos anos 1880 a 1950, sejam ou não designers ou arquitetos.
Outro ponto forte da biblioteca é uma imensa quantidade de publicações sobre o Rio de Janeiro. Tenho um armário-vitrine Art Nouveau, de Antonio Borsoi, feita para a loja Torre Eiffel da Rua do Ouvidor ( de 1905) e quando encontrei essa preciosidade, em 1973, pouco tempo depois da demolição do imóvel, comecei a instalar nela meu livros. Mas isso foi antes de serem mais de 5 mil, claro”
Entrar no universo do arquiteto Chicô Gouvea, dono também da loja Olhar o Brasil, em Itaipava, é um prazer. Por todos os lados existem detalhes, curiosidades, preciosidades e muita arte.
Mas os livros e revistas se multiplicam pela casa, invadindo até mesmos os desvãos das escadas.
” Não tenho ideia de quantos volumes tenho, mas calculo que uns 3 mil aproximadamente.
Além dos livros de ficção e biografias tenho livros de decoração arquitetura e culinária, que adoro também, e muitos sobre o Brasil, porque sou apaixonado pelo meu país.
Estão em várias estantes pela casa toda, misturadas a lembranças, fotos, peças que gosto muito. Mas vou mudando de acordo com meu humor.
Não tenho norma para eles. Estão todos misturados.”
Suzete Aché
“Estou longe desse profissionais maravilhosos que estão compartilhando as estantes de suas casas mas resolvi mostrar a minha, de alumínio da Metro, que adoro e tenho há anos.
Como ela fica no living, cercando a televisão, optei por botar apenas livros de arte e vários objetos: minha coleção de cadeiras miniaturas, dinossauros do meu filho, porta-retratos e outros objetos.
Tenho um xodó por flamingos e acho que uma pitada kitsch é necessária para alegrar a vida.
Também instalei o bar em bandejas de madeira com garrafas antigas e copos americanos que foram da minha mãe, dos anos 50.
Já a estante de livros de ficção está “under construction”.
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