Assim que comprou, na planta, este apartamento de 160m², em Campo Belo (zona sul de São Paulo), um casal de jovens advogados na faixa dos 35 anos e sem filhos, encomendou um projeto à arquiteta Renata Spinelli, quando ainda faltavam dois anos para a entrega das chaves. “Na ocasião, os clientes já tinham fechado toda marcenaria seguindo o layout proposto pela construtora e, mesmo assim, perguntei a eles se eu poderia mudar tudo”, lembra ela, que teve sim como resposta.

Fotografia: Evelyn Miller

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Os novos proprietários pediram uma integração maior entre os ambientes, um piso frio e de fácil manutenção na área social, e vários lugares de assento nas salas para que pudessem recepcionar confortavelmente seus amigos. Como eles trabalham muito, preferiram dar carta branca à arquiteta no processo criativo e assim otimizar o tempo que seria dedicado às escolhas de projeto, decoração e obra.

Fotografia: Evelyn Miller
“Aproveitei essa liberdade para adotar um conceito mais autoral”, informa Renata, que tem preferência pelo estilo contemporâneo, com mistura de cores, texturas, integração de espaços e linhas retas, mas também gosta de mesclar diferentes estilos no décor. “No caso deste apartamento, a base ficou mais neutra, porém pouco convencional, com toques rústicos e industriais nas paredes revestidas com placas de concreto e também de placas de pedras vulcânicas, e das vigas e pilares que deixamos aparentes e ressaltamos com aplicação de cimento queimado”, explica ela.

Fotografia: Evelyn Miller

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Entre as principais modificações no layout da planta, Renata conta que removeu as portas de correr divisórias que separavam varanda da sala para integrar os espaços, e depois nivelou os pisos. “A varanda tinha um formato de corredor estreito e uma área maior que a sala. Visualmente, era uma perda enorme de espaço. Mantivemos apenas as portas que dão para a varanda onde fica a churrasqueira, por causa da fumaça”.

Fotografia: Evelyn Miller
Outra mudança no projeto original da construtora: o closet do casal foi reduzido para aumentar a área social e o escritório, que antes ocupava uma bancada, foi transferido para a sala, precisamente atrás do sofá.

Fotografia: Evelyn Miller

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Fotografia: Evelyn Miller
Para deixar a área social visualmente mais ampla, a arquiteta manteve o forro de gesso apenas na parte do antigo terraço e, no restante instalou luminárias de sobrepor com fios eletrificados e encapados. O cimento queimado em parte do teto da sala de estar cria uma faixa que une a viga de um lado e, do outro, os painéis de marcenaria em laca cinza mimetizam as portas pivotantes de acesso ao lavabo e à circulação íntima.

Fotografia: Evelyn Miller

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Fotografia: Evelyn Miller
Já a decoração foi pontuada com peças de design assinado em cores mais fortes, com destaque para o tapete modelo reloaded (da Botteh), as luminárias decorativas (da Dimlux), a poltrona Womb Chair (by Eero Saarinem), a poltrona Aviador (by Fernando Mendes) e os vasos em tom bordô (da Marché Art de Vie).

Fotografia: Evelyn Miller
Outro ponto que fez toda a diferença no projeto, sobretudo na área social, foi a combinação de artes de estilos diferentes, como o grafite de grande impacto visual que o artista Truff pintou na parede da sala de jantar, e a tela delicada – não menos expressiva – em tons de rosa e vinho, da artista Linda Dayan, na sala de estar. O paisagismo de Marianne Ramos trouxe leveza e deu mais vida à base neutra e cinza do décor.

Fotografia: Evelyn Miller

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Projeto: Arquiteta Renata Spinelli
Fotógrafa: Evelyn Miller
Paisagismo: Marianne Ramos
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TAG: APARTAMENTO COM TOQUES INDUSTRIAIS