Cobogós são elementos vazados que permitem a passagem da ventilação natural, dá luz e privacidade para o ambiente.
Desenham a sombra nos pisos e paredes, em um efeito que transforma todo o ambiente para quem o vê desde o exterior e interior.
O Cobogó surgiu na década de 1920, em Recife, e teve seu nome criado a partir da junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores, um grupo de engenheiros – o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis.

A Caixa D’Água de Olinda, Recife foi o primeiro prédio público a utilizá-lo
Muito difundido por Lúcio Costa, tornou-se bastante presente na estética da arquitetura moderna brasileira.

Parque Eduardo Guinle, no Rio, 1948
Arquiteto: Lúcio Costa
Foto: John Hartmann
Moldados em diversos materiais e ideais para complementar paredes, dividir espaços, enfeitar muros e dar privacidade a ambientes, os Cobogós podem ter desenhos simples, com furos quadriculados ou pequenos vãos que parecem teias ou rendas.
Feitos de cimento e tijolo no início, hoje eles aparecem em novos volumes, formatos, perfurações de dimensões variadas e com outros materiais de fabricação, como o vidro, o aço, a porcelana e a cerâmica.

Casa Cobogó, projeto de Marcio Kogan

Casa Cobogó, de Marcio Kogan
Com o avanço da tecnologia, as peças – replicadas várias vezes em sequência para formar o conjunto do elemento – geralmente são cortadas a laser em fábricas e podem ser encontradas com alta complexidade geométrica.
Além disso, já são industrializadas visando à eficiência térmica e energética, pois, com as pequenas aberturas, permitem entrada de ventilação natural e frescor aos ambientes internos, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais.a generosa.

Detalhe de Marcio Kogan

Projeto de Gui Mattos. Foto: Alain Bruiger
No decorrer da noite, a luz artificial atravessa os pequenos vãos do interior para o exterior, tornando a arquitetura uma espécie de luminária urbana que interage com as sombras de seus usuários e mobiliário.

Projeto de Leo Romano. Foto: Edgar Cesar
Além de sua função, o cobogó traz consigo certa poética ao projeto de arquitetura. Decidimos destacar esta criação brasileira, escrever brevemente sobre sua história e apresentar uma seleção de projetos que adotam este elemento.

Projeto de Gui Mattos, para casa em Angra dos Reis

Projeto de Leo Shehtman

Projeto Ney Lima

Raízes, por Ana Paulo Castro
Alguns modelos de Cobogó:
São só alguns, veja o nosso Pinterest para mais exemplos.
Liliane Abreu